Excesso de ozônio na atmosfera aumenta riscos cardíacos, segundo estudo
Camada de ozônio é essencial para proteção contra raios UV, mas a nível de solo traz prejuízos à saúde
Saúde|Do R7
A poluição devido ao excesso de ozônio no ar provoca uma maior porcentagem de internamentos por problemas cardíacos, segundo um estudo divulgado esta sexta-feira (10).
O ozônio nas camadas superiores da atmosfera é essencial para bloquear os raios UV (ultravioleta), mas ao nível do solo é um perigo porque faz parte da poluição de muitas cidades.
O ozônio surge na atmosfera como uma reação química, quando dois agentes poluentes, muitas vezes emitidos por carros ou empresas, se combinam e reagem com a luz solar.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera 100 microgramas de ozônio por metro cúbico de ar como o limite de perigo.
Um grupo de cientistas chineses analisou internações em 70 cidades chinesas entre 2015 e 2017.
A equipe analisou dados de 258 milhões de pessoas (aproximadamente 18% da população total da China) e os comparou com a qualidade do ar em tempo real nessas cidades.
Leia também
Independentemente de outros poluentes, o ozônio foi diretamente associado a mais de 3% das internações por problemas cardíacos e ataques cardíacos.
Para cada aumento de 10 microgramas de ozônio por metro cúbico de ar houve um aumento de internações por infartos de 0,75%, e de 0,40% no caso de embolias cerebrais.
"Embora esses aumentos possam parecer modestos", o impacto "aumentou mais de 20 vezes" quando os níveis de ozônio ultrapassaram 200 microgramas, durante o verão, explicou à AFP o autor do estudo Shaowei Wu, da Universidade de Xi'an Jiaotong.
O estudo foi publicado no European Heart Journal.
Problemas de saúde causados por outro tipo de poluição, a de pequenas partículas, conhecida como PM2,5, causa 8,8 milhões de mortes prematuras por ano.
Veja sete dicas para dar o primeiro passo e sair do sedentarismo: