Funcionários da Air France rejeitam voos em direção aos países com ebola
Mesmo com uma tripulação reduzida, a companhia aérea tem mantido todos os voos
Saúde|Do R7
A Air France informou nesta quarta-feira (20) que alguns de seus funcionários se negam a embarcar nos aviões com escalas em Guiné, Serra Leoa e Nigéria devido ao risco do ebola, embora a companhia tenha mantido todos os voos, mesmo que com uma tripulação reduzida.
Um porta-voz da Air France, que reconheceu que o número de funcionários é menor nesses voos, disse que "não houve anulações nas conexões com esses três países e respeitamos 'o número regulamentar' de tripulantes nos aviões".
O porta-voz evitou falar em números, principalmente em relação aos que rejeitam cobrir essas rotas, mas assegurou que há 10 mil pessoas da empresa sujeitas a serem escaladas para estes voos. Segundo a fonte, o nível de ocupação dos aviões não variou perante a epidemia do ebola e que costumam "ir cheios".
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Neste caso, o porta-voz explicou que não se trata de linhas que tenham uma clientela turística, mas que costumam ser utilizadas por pessoas que trabalham nesses países africanos.
"A prioridade da Air France é garantir a segurança de seus passageiros e dos tripulantes", muitos dos quais vivem em Guiné, Serra Leoa e Nigéria, onde se concentram os casos da epidemia de ebola, assim como na Libéria.
A companhia aérea francesa tem voos diários com a Conacri, na Guiné, e com Lagos, na Nigéria, realizando três conexões por semana em Freetown, a capital de Serra Leoa.