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H1N1: curta duração da vacina contribui para repetição de surtos de gripe

Idas e vindas de vírus ocorrem porque há sempre pessoas vulneráveis, segundo especialista

Saúde|Eugenio Goussinsky, do R7


Médico diz que efeito da vacina não chega a um ano de duração
Médico diz que efeito da vacina não chega a um ano de duração

O fato de o efeito da vacina para gripes como a influenza ter uma duração considerada curta é um fator determinante para a repetição de surtos da doença, causada por mutações como a que originou o vírus H1N1. Mesmo com o último surto em 2009, iniciado na China, uma nova epidemia da doença atingiu o Brasil, que desenvolveu uma vacina naquele mesmo ano.

O infectologista Jessé Reis Alves, do Núcelo de Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, considera que estes surtos cíclicos ocorrem muito em função da vulnerabilidade das pessoas, que podem se infectar tempos depois de terem tomado a vacina, porque a proteção não é permanente.

— O vírus vai e volta, se há pessoas vulneráveis vai infectar novamente pessoas que nunca tiveram a doença. O problema é que a vacina não confere proteção permanente. Mesmo as pessoas infectadas no ano passado podem se infectar novamente. O efeito dura alguns meses, não chega a um ano.

Segundo ele, este tipo de doença não tem relação com o nível de desenvolvimento de um país, apesar de que campanhas educativas para evitar o contágio sejam importantes mecanismos de controle da moléstia.


— Há também países desenvolvidos que têm o surto da doença, tanto que os Estados Unidos têm registrado casos graves. A ocorrência de surtos depende basicamente da existência de população vulnerável e da circulação do vírus em momentos propícios para sua adaptação.

O especialista ressalta que algumas cepas de vírus mais adaptadas para os seres humanos, que infectam mais e produzem doenças mais graves que outras, certamente irão prevalecer em alguns períodos.


— O H1N1 é um exemplo disso, mas pode haver outras formas graves de vírus causadas por outro tipo viral. Há váriações genéticas que são mais infectivas e irão causar doenças mais graves.

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Sobre o tratamento, ele destaca que o medicamento antiviral, composto de fosfato de oseltamivir, em geral deve ser utilizado apenas nos casos mais graves.

— A avaliação é individual. A recomendação de tratamento é para alguém tem alguma condição que agrave a doença. O indivíduo saudável que não tem nenhuma condição de gravidade a princípio não precisaria tomar.

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