Inscrições do Mais Médicos atendem 10% da demanda

A primeira seleção do programa Mais Médicos teve confirmação de inscrição de 1.618 médicos, o que significa atendimento de cerca de 10,5% da demanda por 15.460 médicos requisitados por 3.511 cidades. Desse total, 522 profissionais atuam hoje no exterior.

O balanço apresentado pelo governo aponta que, dos médicos que atuam fora do Brasil, 358 são estrangeiros e 164 são brasileiros que fizeram a graduação fora do País. Segundo o Ministério da Saúde, serão atendidos cerca de 6,5 milhões de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).

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A maioria dos 522 médicos atua hoje na Argentina (141), Espanha (100) e Cuba (74). Segundo o cronograma do Ministério da Saúde, que divulgou as informações na manhã desta quarta-feira (14), esses profissionais chegam ao País entre 23 e 25 de agosto.

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Depois disso, farão um curso de acolhimento, que contará com aulas de legislação, saúde indígena e doenças tropicais. A previsão é que os profissionais cheguem aos municípios em 1º de outubro. Na próxima segunda-feira (19), haverá uma nova rodada de seleção para o programa, quando municípios e médicos poderão se inscrever.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a passagem para esses profissionais só será emitida após a fase final de validação dos documentos para emissão do visto. Padilha disse ainda que muitos dos que virão de outros países têm experiência em saúde da família.

— Isso reforçará a ideia da atenção básica no nosso País.

Se o médico participante do programa desistir nos primeiros seis meses, terá que reembolsar os recursos. Se ele for estrangeiro, além de devolver a verba, perderá o direito do continuar no País.

Dentre os municípios considerados prioritários pelo Ministério da Saúde, 703 não foram selecionados por nenhum profissional — brasileiro ou estrangeiro — na primeira fase de seleção do programa Mais Médicos. Entre eles, 604 são de extrema pobreza e 97 estão em regiões metropolitanas.

— São municípios concentrados ainda mais no interior do País, alguns nas regiões metropolitanas, em cidades com concentração de pobreza. Tem maior concentração no Norte e Nordeste, mas também tem nas outras regiões.

Segundo a pasta, a maior parte está nos Estados Amazonas, Bahia e Maranhão.

— O diagnóstico principal é que temos número insuficiente de médicos no País para dar conta de todas as carências.

O ministro avalia ainda que mais municípios do interior do País serão contemplados pelo programa.

— Mais municípios foram atendidos com a entrada de médicos formados fora do Brasil. Houve, sobretudo, deslocamento do litoral para o interior do País.

Segundo ele, cidades que ficam em região de fronteira, especialmente na região Sul e no Acre, passaram a ser ocupadas com a entrada de médicos com formação fora do Brasil.