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Meninas entre 9 e 11 anos já podem tomar vacina contra o HPV em todo o Brasil

Objetivo do Ministério da Saúde é imunizar quase 5 milhões de meninas

Saúde|Do R7

Vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo País
Vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo País Vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo País

Depois da campanha de vacinação contra HPV para meninas entre 11 e 13 anos em 2014, o Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (9) que a vacina será também oferecida a meninas entre nove e 11 anos. O objetivo do governo é imunizar 4,94 milhões em 2015, 80% do público-alvo, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde.

No evento de lançamento da campanha, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que "a vacina é extremamente segura, uma proteção para a vida".

— Além de proteger a menina, os estudos mostram que a comunidade também fica protegida. Por isso, devemos alertar os pais e responsáveis sobre a importância da vacina. A parceria com as escolas é fundamental nesse esforço do Ministério da Saúde. Precisamos contar com a colaboração dos pais e das escolas para conseguir alcançar a nossa meta e começar a escrever uma outra história no nosso país de enfrentamento à essa doença, que é o terceiro tipo de câncer que mais mata as mulheres no Brasil.

Vacinação contra HPV começa nesta segunda-feira em SP

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Segundo o Ministério da Saúde, a vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas espalhadas pelo País. Para o ministro, com a introdução da vacina é possível reduzir drasticamente os casos de câncer do colo do útero e a taxa de mortalidade.

— Com isso, poderemos ter a primeira geração de mulheres livre da doença. Para isso é importante que as meninas completem o esquema vacinal, tomando as três doses da vacina, conforme o calendário preconizado pelo Ministério da Saúde.

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Neste ano, o governo federal incluiu 33,5 mil mulheres de nove a 26 anos que vivem com HIV. Mais suscetível a complicações decorrentes do HPV, esse público tem probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral.

Meninas podem tomar vacina contra HPV sem autorização dos pais, diz Ministério da Saúde 

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Como tomar a vacina?

Para receber a dose, é necessário apenas apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A partir de 2016, serão vacinadas as meninas de 9 anos. 

As meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado também podem aproveitar a oportunidade de se prevenir e procurar um posto de saúde ou falar com a coordenação da escola para dar prosseguimento ao esquema vacinal. Isso também vale para as meninas que tomaram a primeira dose aos 13 anos e já completaram 14. É importante ressaltar que a proteção só é garantida com a aplicação das três doses.

Para as mulheres que vivem com HIV, o esquema vacinal também conta com três doses, mas com intervalos diferentes. A segunda e a terceira doses serão aplicadas dois e seis meses após a primeira. Nesse caso, elas precisarão apresentar a prescrição médica.

HPV e o câncer de colo de útero

O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por esse tipo aumentou 28,6% em dez anos no Brasil, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.

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