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Número de mortes por dengue cai 95% nos primeiros meses do ano

Em 2014 foram nove óbitos; casos da doença reduziram 80%

Saúde|Kamilla Dourado, do R7, em Brasília

Número de casos da doença caiu 80%, em janeiro e fevereiro deste ano são contabilizados 87.136 contra 427.678 no ano passado
Número de casos da doença caiu 80%, em janeiro e fevereiro deste ano são contabilizados 87.136 contra 427.678 no ano passado Kraivuttinun/Getty Images/iStockphoto

Os dois primeiros meses do ano registraram queda de 95% no número de mortes causadas pela dengue. Janeiro e fevereiro são os meses de chuva, portanto em que é registrado maior número de casos. Em 2014, nove pessoas morreram em decorrência da doença, já no ano passado foram 192 óbitos. Os números foram divulgados nesta terça-feira (18) pelo Ministério da Saúde com dados do LIRA (Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti).

De acordo com o Ministério da Saúde, todas as regiões reduziram os números de casos no primeiro bimestre de 2014, com destaque para a região Sudeste, que passou de 232,5 mil notificações em 2013 para 36,9 mil neste ano. Em segundo lugar o Centro-Oeste que passou de 122,8 mil registros para 28,2 mil, seguido do Nordeste, com queda de 29,6 mil para 7.900. Já a região Norte registrou 22,3 mil em 2013 para 7.900 em 2014 e a região Sul com 20,3 mil notificações em 2013 para 6.900 em 2014.

Instituto alerta para cuidado redobrado contra dengue

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, os números ainda não devem ser comemorados e é necessário manter a atenção.


— Apesar da diminuição dos casos, devemos manter alerta porque ainda estamos na metade da temporada de contágio da doença. A redução não significa que devemos abaixar a guarda.

O levantamento, realizado em 1.459 municípios, revela que 321 cidades brasileiras estão em situação de risco, 725 em situação de alerta e 413 em situação satisfatória. Dez Estados concentram 86% dos casos notificados. As cidades com mais casos da doença estão em Goiás, lideradas por Goiânia, seguida de Luziânia e Aparecida de Goiânia. Em relação às capitais, o LIRAa apontou situação de risco em quatro cidades: Belém (PA); Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) e de alerta em Boa Vista (RR), Manaus (AM), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA) e mais oito cidades.


O levantamento mostra que seis cidades em situação de risco ou alerta são sedes da Copa do Mundo. São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre não enviaram dados. 

Segundo o Ministério da Saúde, o trabalho de combate à doença foi intensificado nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, para evitar aumento de casos da doença nesse período. De acordo com o ministro, os planos de contingência foram revisados e reforçados nessas cidades. 


— A época não será de grande incidência da doença, mas devemos ficar atentos. Estamos bem satisfeitos com esse trabalho em conjunto, vale destacar o trabalho integrado.

Monitoramento por redes sociais e Copa

O Ministério da Saúde tem monitorado as redes sociais para obter mais informações sobre os casos da doença no País. Postagens no Twitter são analisadas e selecionadas. As informações são utilizadas para auxiliar na identificação de locais com risco da doença. 

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa a ferramenta tem sido importante.

— Ele é um alerta para que possamos utilizar essas novas tecnologias para combater a dengue.

O ministro da saúde disse que a ferramenta não substitui os dados e notificações oficiais mas pode auxiliar no combate ao mosquito. 

Sintomas da dengue

Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. Na clássica, geralmente, a pessoa sente febre, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e por trás dos olhos. Ela pode afetar crianças e adultos, mas raramente mata. Já a dengue hemorrágica é mais severa, pois, além de todos os sintomas citados, pode ter sangramento, ocasionalmente choque e consequências como a morte.

Para evitar pegar a dengue, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, é necessário tomar alguns cuidados dentro de casa: mantenha a caixa d´água sempre fechada; encha de areia os pratinhos dos vasos; não deixe a água da chuva na laje; guarde sempre garrafas plásticas com a boca para baixo; coloque lixos em sacos plásticos e deixe as lixeiras tampadas.

Ao sentir qualquer sintoma, procure a orientação médica. Na recuperação, a pessoa deve beber muito líquido e só usar remédios prescritos pelos médicos para aliviar dores e febres.

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