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“O que foi dito pelo CFM não tem consistência”, diz ministro sobre críticas ao Mais Médicos

Padilha alega que inscrições inválidas de profissionais brasileiros foram propositais

Saúde|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Ministro afirmou que haverá novas inscrições
Ministro afirmou que haverá novas inscrições

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebateu, nesta quinta-feira (1º), as críticas feitas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), acusando o programa Mais Médicos de beneficiar profissionais estrangeiros.

Padilha declarou que a crítica do conselho “não tem consistência” e que todos os médicos brasileiros que quiserem de fato trabalhar no interior vão ter prioridade. Em princípio, o prazo de inscrições na primeira rodada do programa Mais Médicos, na será reaberto.

— É uma crítica absolutamente inconsistente e vazia. [...] O Ministério da Saúde, para valorizar o médico brasileiro que de fato quer atender a população das periferias das grandes cidades e dos municípios do interior, deu mais um prazo para que, se esses médicos realmente tivessem interesse em participar do programa, pudessem, até o dia 28 a meia-noite, corrigir isso.

A declaração foi em resposta à acusação do CFM, de que houve erro na validação de dados dos formulários e desatualização do banco de dados com registros de CRM (Conselho Regional de Medicina), indicando a facilitação para candidatos do exterior. 


Ministério da Saúde divulga lista de destino dos médicos 

Apenas 21% dos profissionais concluíram cadastro 


Isso porque, segundo o CFM, o sistema de inscrições não reconhecia o CRM dos médicos brasileiros. Mas, o ministro da Saúde alega que 90% das inscrições rejeitadas com CRM inválido foram preenchidas de forma errada de propósito.

— 90% dos CRMs inválidos, que foram preenchidos, o número que estava colocado como CRM inválido era zero, zero, zero, ou traço, traço, traço. Não é uma confusão de números.


O ministro também garantiu que o sistema de inscrições usa o mesmo padrão do banco de dados do CFM e que a última atualização foi feita no dia 26 de julho – dois dias antes do fim das inscrições.

Sobre as suspeitas de boicote, o ministro afirmou que houve um movimento isolado e que todas as denúncias foram encaminhadas para a Polícia Federal.

Nova rodada

De acordo com Alexandre Padilha, a partir do dia 15 de agosto será aberta a nova rodada de inscrições para o programa Mais Médicos. O ministro voltou a reforçar que a prioridade é para profissionais brasileiros. A partir desta data, também poderão ser feitas correções nas inscrições.

— A prioridade sempre será o médico que atua no Brasil. Estamos dando todos os prazos para correção de documentação. Agora, os municípios pediram 15 mil vagas. Se sobrarem vagas que não forem ocupadas por médicos brasileiros, o Ministério da Saúde vai sim atrás dos médicos de 61 países diferentes que se inscreveram nesse programa.

Até agora, durante a primeira rodada, mais de 2.300 médicos brasileiros fizeram a conclusão das inscrições, escolhendo o município que tem preferência para trabalhar. A partir de agora, eles terão dois dias para fazer o processo de homologação.

Balanço

Até o último domingo (28), 2.300 médicos brasileiros concluíram o processo de inscrição, inclusive escolhendo em qual município preferen atuar.

Outros 1.200 profissionais se inscreveram, mas estavam realizando residência médica. O Ministério da Saúde não permite a atuação nos dois programas e, por isso o inscrito foi obrigado a escolher. Somente 31 médicos optaram pelo programa Mais Médicos.

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