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Saiba se você faz parte dos grupos de risco do H1N1

Infectologista não recomenda uso de luvas ou máscaras cirúrgicas na tentativa de evitar contágio

Saúde|Marcella Franco, do R7

Gestantes são classificadas como pacientes de "altíssimo risco"
Gestantes são classificadas como pacientes de "altíssimo risco"

A partir do dia 11 de abril, após antecipação da campanha anual, a rede pública de saúde vai dar início à vacinação contra a gripe, que inclui a imunização ao vírus H1N1. Nesta primeira fase, serão vacinados apenas os grupos de risco — pessoas fora desta classificação, e que estejam abaixo dos cinco anos e acima dos 60, poderão ser imunizadas a partir do dia 30.

Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, explica que a doença é “potencialmente grave” nestes pacientes que serão vacinados com prioridade.

— As pessoas que geralmente vão a óbito são as que têm riscos especiais. As crianças menores de dois anos, por exemplo, têm alto risco de hospitalização, mas nem tanto risco para óbito. As que estão na faixa etária entre dois e cinco anos não têm tanto risco de serem hospitalizadas ou de morrer, mas têm risco para adoecer de formas mais complexas.

A médica classifica as gestantes como pacientes de “altíssimo risco”.


— O risco é por ela. O bebê só é sacrificado se ela adoecer. E pouca gente se lembra que a mulher que teve um aborto pode até não ser mais considerada grávida, mas, em termos fisiológicos, ela ainda tem o organismo de gestante por até 15 dias após perder o bebê. Mesma coisa acontece com as puérperas. Uma mulher que pariu ainda é grupo de risco por até 15 dias depois do parto.

H1N1 já matou 38 pessoas em São Paulo em 2016


Pacientes em tratamento de câncer, por exemplo, que estejam recebendo quimioterapia ou que já tenham encerrado os ciclos com os medicamentos, também devem se imunizar o quanto antes. Embora sejam pessoas com tendência a responder mal à vacina, como explica Isabella, são pacientes de alto risco em caso de contaminação.

É importante, também, a imunização de pessoas que convivam com estes pacientes de tratamentos imunossupressores, para que eles não se tornem vetores de transmissão da doença dentro de casa.


De acordo com a médica, adultos transmitem o H1N1 por, no mínimo, sete dias, crianças, por 14 dias, e pessoas imunodeprimidas, por mais de 14 dias.

— A doença não dura necessariamente todo esse tempo, com sintomas, mas a pessoa ainda estará transmitindo o vírus. Esse ainda é o grande problema. O ideal era que todas as pessoas fossem vacinadas, mas, no Brasil, não conseguimos doses para todo mundo.

A médica reforça, ainda, a importância das medidas de higiene como modo de prevenir a doença, como, por exemplo, lavar constantemente as mãos, evitar levá-las ao rosto, e cobrir sempre a boca na hora de espirrar ou tossir.

Para ela, o ideal é que se evite o uso de máscaras e luvas.

— A máscara nunca vai proteger cem por cento, e as luvas dão uma falsa sensação de segurança, aumentando os riscos porque a pessoa se sente protegida, abre uma porta com a luva, esquece e acaba colocando-a na boca. O melhor é lavar as mãos sempre que possível, e também se vacinar. Neste momento, a saída é a vacina.

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