O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou na manhã desta segunda-feira (8) o início de um projeto para produção de próteses ortopédicas de alta tecnologia em São Paulo. O investimento será de R$ 8,2 milhões, e o projeto deve durar 42 meses.
As próteses serão feitas de ligas de nióbio-titânio e titânio-nióbio-zircônio com uma técnica de fusão a laser que permitirá a confecção de peças sob medida, encaixadas mais próximas ao osso humano.
A primeira fase do projeto deve durar dois anos e vai consistir na elaboração de um pó para o desenvolvimento das peças. Somente após alcançar o material com a qualidade necessária para a produção das peças, uma nova etapa, que deve durar 18 meses, será iniciada e vai ter como foco a realização de testes para verificar corrosão, citotoxidade e ensaios mecânicos com as peças com pacientes da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
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— Isso possibilitará o que há de mais moderno para termos próteses para as pessoas que precisam por impressão 3D. Pode possibilitar próteses feitas para aquela pessoa, totalmente customizadas. É um grande avanço científico. O Brasil é produtor de 80% de nióbio do mundo e podemos ter um grande avanço na ortopedia, na traumatologia e no tratamento de pessoas com deficiência — diz Alckmin.
O projeto é uma parceria entre o governo do Estado de São Paulo, a Embrapii (Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), a AACD, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o Laboratório de Processos Metalúrgicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
Presidente do IPT, Fernando José Gomes Landgraf diz que o principal desafio do projeto será produzir o pó metálico na composição exata para utilizar na impressora 3D.
— Tudo dando certo, em quatro anos, deve estar disponível.