Secretário negou também surto de dengue em SP
Claudio Fachel/Arquivo- Foto PúblicaNos últimos dias, vem circulando no WhatsApp uma mensagem de voz com informações de que o mosquito Aedes aegypti teria sofrido mutação. No recado, uma voz de mulher cita o nome do secretário de Saúde do governo do Estado de SP, David Uip, como fonte. Além disso, há também informações de que o Estado de SP deverá viver um surto de dengue, com vírus que poderá matar. Porém, todas as informações foram negadas pelo secretário em sua página oficial do Facebook.
De acordo com Uip, "é completamente absurda a informação a respeito de uma mutação do mosquito Aedes aegypti que se reproduziria em águas sujas ou mesmo salobras. Esta possibilidade de mutação e reprodução do mosquito nestas condições não existe".
O secretário também negou que poderia haver um surto de sengue no Estado: "Caso haja qualquer possibilidade de surto ou epidemia, a Secretaria de Estado da Saúde adotará as medidas de vigilância em saúde necessárias e providenciará a ampla divulgação para a população, como fez em outras situações, como, por exemplo, na ocasião da pandemia de gripe A H1N1 no Estado".
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Casos de dengue no Brasil
Dados do Ministério da Saúde, até o dia 14 de fevereiro, mostram que mais da metade dos casos de dengue do País ocorreu no estado do São Paulo. Do total de 103.616 de pessoas doentes, o Estado concentrou 51.849 de notificações.
Se considerada a região, o Sudeste teve o maior número de casos notificados (62.689 casos; 60,5%) em relação ao total do País, seguido do Centro-Oeste (18.685 casos; 18,03%), Nordeste (9.478 casos; 9,15%), Norte (7.400 casos; 7,14%) e Sul (5.364 casos; 5,18%).
O ministério informou que 24 pessoas tiveram a morte confirmada por dengue até a segunda semana de fevereiro. Mais 45 óbitos estão em investigação e podem ser confirmados ou descartados nas próximas semanas. Só o estado de São Paulo registrou 17 mortes.