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Sede constante, emagrecimento e visão embaçada são sinais de diabetes

Doença é silenciosa, por isso, sintomas costumam aparecer em estágio avançado

Saúde|Ana Luísa Vieira Zucchi, do R7

Com tratamento adequado, dieta controlada e exercícios físicos é possível conviver com o diabetes sem grandes transtornos
Com tratamento adequado, dieta controlada e exercícios físicos é possível conviver com o diabetes sem grandes transtornos

Silencioso, o diabetes é uma doença crônica que pode provocar consequências terríveis ao organismo se não tratado adequadamente. Só no Brasil, afeta mais de mais de 13,5 milhões de pessoas. Uma delas é o jogador Romário, que passou recentemente por uma polêmica cirurgia para minimizar os efeitos da enfermidade.

De uma maneira simples, quem tem diabetes, o corpo não produz insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) suficiente para atender às próprias necessidades ou não consegue utilizá-la adequadamente. Quando a pessoa tem a doença, o nível de glicose na corrente sanguínea fica alto. Se esse quadro permanece por um longo período de tempo, pode provocar consequências aos nervos, vasos e órgãos, segundo o endocrinologista Mario Carra, da SBD (Sociedade Brasileira Diabetes).

— As complicações são sérias, e incluem problemas como sobrepeso, doenças do coração e nos rins e até cegueira. A doença pode ter, inclusive, desdobramentos neurológicos, a depender do estágio em que se encontra.

Existem dois tipos de diabetes: a do tipo 1 e tipo 2. A tipo 1, que acomete entre 5 e 10% dos portadores da doença, se manifesta logo na infância e tem influência genética. Mário Carra explica os detalhes:


— Nesse caso, que é considerado o mais grave, o pâncreas perde totalmente a capacidade de produzir insulina, e a pessoa passa a ter de ingerir a substância para repô-la no organismo.

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Já a do tipo 2 é a mais comum na população. Na maioria das vezes, é adquirida na idade adulta como resultado de fatores como sedentarismo e obesidade, especialmente se há acúmulo de gordura abdominal. Quem tem esse tipo pode ter criado uma espécie de resistência à insulina — que deixa de ser absorvida pelas células — ou produz o hormônio em quantidade insuficiente para suprir as necessidades do próprio corpo.

Conheça os sintomas


No Brasil, estima-se que metade da população portadora de diabetes nem saiba que sofre da doença. Isso porque a enfermidade é muito silenciosa, e só começa a manifestar seus primeiros sintomas quando já se encontra em estágios avançados no organismo.

Entre os sintomas do diabetes tipo 2, os mais conhecidos são a sede constante e a vontade de urinar mais vezes que o normal — que estão inteiramente ligados. É que, sem conseguir filtrar os altos níveis de açúcar presentes no sangue, os rins terminam por eliminar esse volume no xixi.

O corpo acaba entendendo que a única forma de diluir todo o açúcar que deve sair é com muita água — daí a necessidade de ingerir líquidos em grandes quantidades. Visão embaçada, infecções frequentes, muita fome e formigamento nos pés também são motivos para redobrar a atenção.

Se a pessoa já tem histórico de diabetes tipo 2 na família, é sedentária, consome muito álcool e apresenta triglicerídeos elevados, as chances de ter a doença são maiores. Caso você seja diagnosticado, entretanto, não se desespere: com acompanhamento médico, a convivência com o diabetes se dá sem grandes transtornos. Mario Carra garante.

— Embora não haja cura, não faltam tratamentos para quem sofre da doença. Os medicamentos disponíveis são muitos e, geralmente, melhoram o papel funcional da insulina no organismo e recuperam a resistência do indivíduo às possíveis complicações da doença.

Mudança na rotina

Fora os remédios, é muito importante ainda que a pessoa diagnosticada com diabetes tipo 2 comece a praticar exercícios físicos e controle a dieta, diminuindo a ingestão de alimentos ricos em carboidratos simples, como massas, pães e doces.

Outro cuidado importante que deve ser incorporado à rotina é a medição frequente dos níveis de insulina no organismo. Segundo o endocrinologista, os níveis normais de glicemia – concentração de glicose na corrente sanguínea – são aqueles próximos de 100 miligramas por decilitro. No caso dos diabéticos, é sempre importante manter este número entre 80 e 120 mg/dl. Em casa, quem sofre com a doença fazer o controle por meio do glicosímetro — aparelho que coleta uma pequena gota de sangue do indivíduo e apresenta o resultado em poucos segundos. Mario Carra completa:

— Com controle de dieta, exercícios físicos e tratamento adequado com medicamentos, o paciente pode passar uma vida sem sentir as complicações trazidas pelo diabetes. O importante é se cuidar.

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