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'Senti o cheiro dos meus filhos', diz André Tal, após tratamento contra Parkinson

Repórter da Record TV que revelou luta contra o Parkinson conta como foi voltar para casa após passar por tratamento nos EUA

Saúde|Hysa Conrado, do R7

O jornalista André Tal, 43, da Record TV, emocionou a todos depois de revelar durante o Domingo Espetacular deste domingo (5) sua luta contra o mal de Parkinson, doença degenerativa para a qual não existe cura. Após passar por um tratamento inovador nos Estados Unidos, ele conseguiu experienciar coisas que antes pareciam impossíveis, como sentir o cheiro dos filhos.

Apesar de ser comum em pessoas mais velhas, a doença também pode acometer jovens, como o jornalista, e limitar as possibilidades de uma vida com qualidade. Ao R7, André contou como foi voltar para casa e dividir com a família as primeiras evoluções proporcionadas pela terapia realizada há cerca de duas semanas.

“Sentir o cheiro do xampu de cabelo dos meus filhos, que era uma coisa que eu nunca tinha sentido pois perdi o olfato antes de eles nascerem, é um prazer inimaginável. Sábado joguei bola com eles e o mais velho falou: ‘Pô pai, você está driblando muito melhor’. E é verdade, porque eu já estava perdendo muito a habilidade de brincar com a bola e agora estou muito mais rápido. É gostoso ver o filho sentindo orgulho do pai”, disse.

A decisão de tornar o problema algo público, segundo o jornalista, se deu pelo avanço dos sintomas, que já não podiam mais ser escondidos. “As pessoas estavam perguntando cada vez mais e esconder é um gasto enorme de energia, uma energia que eu deixo de usar para me superar. Mas a decisão também foi para poder servir de exemplo a outras pessoas, para que elas se sintam representadas diante de doenças e dificuldades”, afirma.

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André Tal, jornalista da Record TV
André Tal, jornalista da Record TV André Tal, jornalista da Record TV

Nas redes sociais, as mensagens que chegam de todos os cantos do Brasil dão o tom do exemplo que André se tornou depois que a matéria sobre o tratamento foi ao ar. Surpreso, o jornalista conta que não esperava a repercussão.

“Estou recebendo muitas mensagens de apoio de amigos, palavras lindas, e pessoas do Brasil inteiro escrevendo que estão em uma corrente de oração por mim, que me admiram pela coragem de falar sobre o assunto e que estão felizes por eu ter mostrado esperança diante de uma doença como essa, tão difícil de lidar”, conta.

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André destaca que no próximo ano uma ou duas sessões do tratamento ainda podem ser necessárias, mas que a expectativa é de avançar ainda mais desde já.

“Me sinto melhor a cada dia, ainda tomo remédio, mas bem menos do que estava tomando. Não é que a doença desapareceu, mas a força dos sintomas regrediu muito, é uma regeneração cerebral que eu nunca imaginei que pudesse acontecer. Até então o único prognóstico que eu tinha era de degeneração. Por mais que eu não esteja 100% livre dos sintomas, me sinto muito mais forte, está mais fácil lidar com essa situação do que estava antes”, revela.

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Durante anos o jornalista conviveu com os sintomas e levou a vida apesar deles, sem abandonar seu posto de repórter. Mas não foi uma missão fácil.

“É uma doença que avançou rápido. Por mais que eu estivesse trabalhando, fazendo tudo, por dentro eu sentia muito, agora sinto muito menos, mas quero sentir menos ainda. Então, se for necessário, eu vou fazer mais [sessões]. O importante é ficar bem e poder aproveitar a família”, afirma.

Assista à matéria na íntegra: 

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