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"Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico

Entidade considera carboidrato importante, de forma controlada, equilibrada e com orientação

Saúde|Eugenio Goussinsky, do R7

Dieta deve se alinhar ao estilo de vida e características pessoais
Dieta deve se alinhar ao estilo de vida e características pessoais Dieta deve se alinhar ao estilo de vida e características pessoais

A ideia de que o açúcar é o vilão de qualquer tipo de dieta se tornou um mito equivocado, segundo estudos atuais sobre diabetes. Segundo o endocrinologista Márcio Mancini, responsável pelo Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, o mais importante é que a dieta, de uma maneira geral, seja equilibrada e controlada.

— Tem muito diabético que não come nada de açúcar, mas come um prato grande de arroz com feijão, mistura arroz, batata e pão na mesma refeição. E acaba comendo carboidrato demais, se privando às vezes de comer um doce, que poderia comer, em quantidade controlada. Existe o mito que considera o açúcar como se fosse tóxico e no entanto o diabético pode consumir açúcar desde que de forma controlada.

A alimentação, conforme afirma o médico, tem de estar alinhada ao estilo de vida e às características de cada pessoa. A diminuição do número de casos de diabetes no Brasil não passa necessariamente pela eliminação do açúcar no cardápio. Se no Brasil hoje o número de diabéticos é de cerca de 12 milhões de pessoas, daqui a 20 anos será de 19,2 milhões, segundo as projeções da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). 

Há atualmente a convicção de que a elevação da glicemia (nível de açúcar no sangue) ocorre por causa da ingestão inadequada de carboidratos em geral, e não somente da sacarose (combinação de glicose e frutose), que é o açúcar disponível no mercado. Segundo Mancini, os carboidratos compõem um dos três grupos de macronutrientes. Os outros são as proteínas e as gorduras. 

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— Os carboidratos complexos (cereais integrais, lentilha, batata e frutas, entre outros) também contêm glicose, mas a digestão é mais demorada. O mais importante é a carga glicêmica do que o índice glicêmico, baseado na rapidez com que o carboidrato é absorvido.

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O açúcar faz parte da lista de carboidratos simples, assim como pães, chocolate, arroz e massas. Mancini destaca que, em geral, a quantidade do consumo de açúcar para um diabético é de até 30 gramas por porção. 

— Sempre lembro que não adianta olhar para um alimento isoladamente. Uma pessoa não vai pegar uma quantidade de açúcar de mesa e comê-lo de colher. Ele é inserido no contexto de uma refeição mista e será absorvido pelo organismo junto com vários outros nutrientes ao mesmo tempo.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, os carboidratos, entre eles os doces, são fontes importantes de energia. A entidade recomenda que a ingestão de carboidratos totais seja de 45 a 60% do VET (valor energético total) diário (e não menos do que 130 gramas por dia) e de sacarose, de até 10% do VET. Afinal, qualquer indivíduo precisa de todos os nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Mas Mancini ressalta:

— O carboidrato é o que mais gera dúvida quando o assunto é alimentação de um paciente com diabetes. Ele pode e deve comer esse nutriente, mas quem vai determinar a rigidez do controle é o nutricionista ou o especialista. Por isso, o acompanhamento médico é essencial quando se trata desta doença.

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