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Transmissão de HIV de mãe para filho é eliminada em 17 países das Américas, diz ONU

Brasil fez progressos em relação ao vírus, mas ainda não eliminou a transmissão

Saúde|

Número de novas infecções caiu pela metade desde 2010
Número de novas infecções caiu pela metade desde 2010 Número de novas infecções caiu pela metade desde 2010

Por Anastasia Moloney

BOGOTÁ (Thomson Reuters Foundation) — Dados de 17 países e territórios nas Américas, incluindo os Estados Unidos, Canadá e Chile, mostram que essas nações podem ter eliminado a transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esses países foram capazes de cortar a transmissão de mãe para filho do HIV ao melhorar o acesso das mulheres grávidas ao pré-natal, testes de HIV e tratamento antirretroviral, disseram a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da agência da ONU nas Américas.

O Brasil não faz parte dos países com dados que indicam a erradicação da transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis, segundo as organizações de saúde. O país aparece nos grupos de nações que fizeram progresso e estão próximas de eliminar, mas ainda não eliminaram a transmissão.

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Os 17 países e territórios que possivelmente atingiram a eliminação, incluindo várias ilhas do Caribe, informaram "dados consistentes com a dupla eliminação" de HIV e sífilis. De acordo com os dados da Opas e da OMS, os nascimentos nesses países representam cerca de um terço de todos os nascimentos na região.

"Os países das Américas têm feito enormes esforços para reduzir a transmissão do HIV de mãe para filho, o que reduziu o número de novas infecções pela metade desde 2010", disse Carissa Etienne, chefe da Opas/OMS, em um comunicado.

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As organizações de saúde consideram que um país eliminou a transmissão das duas doenças de mãe para filho após um processo de validação que verifica se essas metas foram efetivamente alcançadas.

Em junho, Cuba se tornou o primeiro país do mundo a receber a validação da OMS de eliminação da transmissão do HIV e da sífilis de mãe para filho.

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Ainda nas Américas, 2.500 crianças nasceram no ano passado com o HIV, o vírus que causa a Aids, de acordo com a Opas/OMS.

Garantir que as mulheres grávidas obtenham testes de HIV e tratamento antirretroviral, caso sejam soropositivas, é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para filho.

Se não forem tratadas, as mulheres HIV positivas têm um risco de 15 a 45 por cento de transmitir o vírus para seus bebês durante a gravidez, parto ou amamentação, observam as entidades.

Estima-se que 2 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe estejam vivendo com o HIV, e que houve cerca de 100 mil novas infecções por HIV na região no ano passado.

Segundo a Opas/OMS, a maioria dessas infecções se deu em adultos, principalmente homens homossexuais, homens transgêneros e prostitutas e seus clientes.

Cerca de 30 por cento das pessoas que vivem com HIV na América Latina e no Caribe não sabem que são HIV positivas.

"Se queremos acabar com o HIV em 2030, precisamos acelerar as ações de prevenção e acesso ao tratamento, com foco em populações-chave, e aumentar o investimento e recursos", disse Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas/OMS.

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