Tuberculose rivaliza com Aids em número de mortes, alerta OMS

1,1 milhão de pessoas morreram de tuberculose em 2014

29/10/2015 - 00h22 (Atualizado em 23/02/2024 - 20h10)

Pela primeira vez, as infecções de tuberculose rivalizam com as de HIV/Aids como a principal causa de mortes por doenças infecciosas, anunciou a OMS (Organização Mundial da Saúde) em um relatório divulgado nesta quarta-feira (28).

A organização apontou que 1,1 milhão de pessoas morreram de tuberculose em 2014, enquanto que no mesmo período, o HIV/Aids matou 1,2 milhão em todo mundo, incluindo 400 mil pessoas que foram infectadas com as duas doenças.

O diretor do programa de tuberculose da OMS, Mario Raviglione, afirmou que o relatório reflete os grandes ganhos em acesso ao tratamento contra o HIV na década passada, o que ajudou muitas pessoas infectadas a sobreviver. No entanto, o documento também reflete disparidades no financiamento relacionado às duas doenças globais.

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"A boa notícia é que a intervenção contra a tuberculose salvou cerca de 43 milhões de vidas desde 2000", mas uma vez que a maioria dos casos pode ser tratado com êxito, o índice de mortes continua "inaceitavelmente alto", disse Raviglione em entrevista por telefone.

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O relatório traz informações de 205 países e territórios sobre todos os aspectos da tuberculose, incluindo formas resistentes a medicamentos, pesquisa e financiamento.

Entre os estimados 480 mil casos de tuberculose resistente a medicamentos em 2014 — uma superbactéria da doença que resiste às duas mais potentes drogas contra a tuberculose — somente um em quatro foi diagnosticado.

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A diretora interina do Médicos sem Fronteiras, Grania Brigden, declarou que o relatório "deve servir como um chamado de alerta de que muito trabalho ainda é necessário ser feito para reduzir os danos dessa doença antiga, mas curável".

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A ONG Apopo, da Tanzânia, desenvolveu um projeto em que treina ratos para que eles sejam capazes de farejar e detectar minas terrestres

A Apopo começou a testar os animais em 2006, em campos minados de Moçambique, um país que, na época, era um dos mais afetados do mundo pelas minas terrestres por conta de uma guerra civil

Para um rato conseguir detectar uma mina leva-se em torno de nove meses a um ano de treinamento e, de acordo com informações do site Click Houston, depois de 4 semanas os ratos já se socializam e se sentem confortáveis em estar perto de humanos

De acordo com informações do site Vocativ, os ratos heróis também estão salvando vidas usando seu faro excepcional para farejar casos de tuberculose

Esses ratos são de origem africana e podem crescer em até 3 pés de comprimentos incluindo seu rabo

Mas, mesmo assim, ainda são muito leves para conseguirem detonar as minas terrestres, o que permite detectá-las sem que elas sejam ativadas

Um único rato pode farejar 200 metros quadrados em menos de uma hora

A ONG Tailandesa também treina os ratos a identificarem tuberculose

Todos os ratos treinados já detectaram muitas minas e identificaram muitos casos de tuberculose

Foram no total cerca de 47 mil minas descobertas e 7.356 casos de tuberculoses

Como os hamsters, eles podem estocar muita comida em suas bochechas por alguns dias

Depois dos experimentos a ONG permite a adoção dos ratos heróis

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