Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Unifesp cancela cirurgias de retina por falta de material

Problema está sendo causado pela falta de kits com materiais descartáveis 

Saúde|

Hospital passa por uma séria crise financeira desde o ano passado
Hospital passa por uma séria crise financeira desde o ano passado Hospital passa por uma séria crise financeira desde o ano passado

A chefia do setor de retina da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) disse nesta terça-feira (27), que todos os procedimentos cirúrgicos de retina serão cancelados por falta de material.

O problema está sendo causado pela falta de kits com materiais descartáveis para a realização do procedimento, que custa cerca de R$ 1.800 cada, segundo Andre Maia, oftalmologista e chefe do setor de retina.

— Nós temos estrutura para realizar 400 cirurgias por mês. A gente fazia entre 250 a 270 por mês. Hoje [nesta segunda-feira], recebi a informação de que não tem material para operar. Todas as semanas, recebemos pedidos do Brasil inteiro e, agora, tenho de negar.

Maia diz que participou de reuniões com a entidade e a falta de verbas foi o motivo alegado. "

Publicidade

— Fizemos várias reuniões, mas eles não têm dinheiro.

Em junho deste ano, o Hospital São Paulo, que é administrado pela Unifesp, chegou a suspender por um dia cirurgias e internações eletivas — aquelas que não são consideradas emergenciais.

Publicidade

O Ministério da Saúde repassou R$ 6 milhões e a Secretaria de Estado da Saúde fez um repasse emergencial de R$ 3 milhões. O hospital passa por uma séria crise financeira desde o ano passado.

Prejuízo

Publicidade

De acordo com o chefe do setor de retina, os pacientes podem ser gravemente prejudicados com a suspensão das cirurgias.

— Em um descolamento de retina, por exemplo, se a cirurgia for feita hoje, o paciente tem chance de recuperação. Se fizer em três ou quatro meses, ele pode até perder a visão. O procedimento não adianta.

Maia diz que, além do descolamento de retina, outros problemas frequentes de pacientes que procuram o setor são retinopatia diabética e a degeneração macular. "É uma situação dramática e não aguento esse tipo de injustiça", desabafou.

O jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com a assessoria da Unifesp por e-mail e por telefone, mas, até a manha desta quarta-feira (28), a entidade não havia respondido à solicitação de informações.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.