Alerta: hackers modificaram versão do CCleaner e infectaram pelo menos 2 milhões de computadores
Empresa responsável pelo software considera "improvável" malware ser ativado
Tecnologia e Ciência|Do R7
O CCleaner é um dos softwares mais utilizados do mundo para os que buscam otimizar o sistema e eliminar instalações antigas de programas ou qualquer vestígio inutilizado no HD. Mas eis que uma das versões mais recentes do programa foi infectada por um malware muito parecido com o Petya, o ransonware que deu muitas dores de cabeça há alguns meses.
A versão infectada foi identificada pela Avast — que comprou a Piriform, que produz o software, em julho passado — como a 5.33.6162 (32 bits), lançada em 15 de agosto, e foi baixada pelo menos em 2,27 milhões de computadores. Uma versão do CCleaner Cloud também foi infectada (a 1.07.3191), mas baixada apenas cinco mil vezes.
O problema foi detectado por pesquisadores da Cisco Talos, que afirmaram que o malware tinha capacidade de enviar informações do computador onde estava instalado para servidores controlados por hackers, além de baixar outros malwares através de um backdoor. Tanto a Piriform quanto a Talos acreditam que o malware não chegou a entrar em funcionamento, por não detectarem a execução dele ou o envio de informações para o servidor listado no código do malware.
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Uma investigação foi iniciada e até agora não se sabe como o código malicioso foi parar dentro da versão oficial do programa — suspeitas apontam até para alguém dentro da Piriform. A empresa emitiu um comunicado oficial onde pede desculpas a todos os usuários colocados em risco pelo download e por "qualquer inconveniência que esse incidente possa ter causado".
Uma correção foi lançada em 13 de setembro (e pode ser baixada no endereço https://www.piriform.com/ccleaner/download) e a empresa recomenda que todo os usuários façam a atualização imediatamente.
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