Ataque cibernético atinge banco central e empresas aéreas da Ucrânia e pesquisadores temem novo "WannaCry"
Empresa de petróleo russa e usuários na França e Reino Unido também foram atingidos
Tecnologia e Ciência|Do R7, com agências internacionais
Um novo ciberataque potencialmente mais devastador que o WannaCry está em curso, alertam pesquisadores. O principal país afetado até o momento é a Ucrânia, que identificou problemas no sistema do banco central do país, no metrô da capital e no aeroporto Boryspil, também em Kiev.
Um porta-voz da empresa de energia ucraniana Ukrenergo afirmou à agência Reuters que seus sistemas também foram afetados, mas que não tiveram impacto significativo no fornecimento dos serviços. Segundo o site The Verge, a amplitude do ataque lembra muito o WannaCry, mas o malware responsável por ele ainda não foi identificado.
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Fora da Ucrânia, outras empresas enfrentaram problemas similares, com ataques devastadores em seus sistemas. A fornecedora de serviços online Maersk, da dinamarca, divulgou um relatório onde apontou que diversos sites (incluso o da própria empresa) ficaram fora do ar por várias horas e ainda não conseguidram resolver o problema.
Através de redes sociais, usuários relataram problemas isolados na França e Reino Unido. Na Rússia, servidores da empresa de petróleo Rosneft também foram "pesadamente atacados", segundo um comunicado oficial.
Pesquisadores da Kaspersky Labs afirmaram que provavelmente trata-se do malware Petrwrap, identificado em março passado. O vírus é muito perigoso por ainda ser pouco identificado por sofware antivírus e poder agir em silêncio até ser ativado à distância por hackers.
Assim como o WannaCry, o Petrwrap criptografa todos os arquivos guardados no HD e exige pagamento em bitcoins para liberar os arquivos. O Kaspersky Labs afirma que ainda não é possível saber como ele está se propagando, uma vez que a falha EternalBlue, que utiliza um módulo de compartilhamento de arquivos do Windows com uma falha, já foi corrigido na maioria dos computadores.
Alguns pesquisadores ouvidos pelo The Verge apontaram a semelhança dessa infecção com um ciberataque que atingiu a Ucrânia em 2015, quando 230 mil pessoas ficaram sem energia elétrica por seis horas após um grupo modificar registros de diversas empresas de eletricidade da capital.
A conta oficial do governo do país respondeu com um meme, afirmando que "está tranquilo".