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Brasil participa da criação de um dos maiores telescópios do mundo

País vai financiar 4% da construção do Telescópio Gigante Magalhães, no Chile

Tecnologia e Ciência|

Conceito do Telescópio Gigante Magalhães, que será construído no Chile
Conceito do Telescópio Gigante Magalhães, que será construído no Chile Conceito do Telescópio Gigante Magalhães, que será construído no Chile

O Brasil contribuirá com US$ 40 milhões (cerca de R$ 89 milhões) para garantir sua participação no Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês), um dos maiores telescópios do mundo e que será construído no Chile por um consórcio internacional, informaram nesta quinta-feira (24) fontes oficiais.

A participação, correspondente a cerca de 4% do valor do projeto, garante aos pesquisadores brasileiros 4% do tempo de operação do GMT, assim como uma cadeira no conselho do consórcio que operará o aparelho, informou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio de sua agência de notícias.

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Os astrônomos brasileiros terão acesso a um telescópio que aumentará em cerca de 30 vezes o volume de informações disponíveis atualmente para os telescópios em operação, segundo a Fapesp. O GMT será instalado no Observatório Las Campanas, na região do Atacama, na Cordilheira dos Andes, próximo à cidade chilena de Vallenar - região privilegiada para observações astronômicas por conta da altitude de mais de 2.500m, da escuridão do céu do hemisfério Sul e do clima seco, e entrará em operação plenamente em 2021.

O telescópio, de 25,4 metros de diâmetro, terá área coletora de fótons cem vezes maior que a do telescópio espacial Hubble, e a nitidez das imagens, no infravermelho, será dez vezes superior. Com ele, será possível investigar a formação de estrelas e galáxias após o Big Bang, medir a massa de buracos negros; descobrir planetas em torno de outras estrelas semelhantes à Terra e estudar a natureza da matéria e da energia escura.

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A participação brasileira no projeto poderá ser maior caso prosperem as negociações da Fapesp com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, afirmou o coordenador dos Centros de Pesquisa da Fapesp, Hernan Chaimovich.

— Há um grande interesse das duas partes para que pesquisadores de todos os estados do Brasil (não apenas os de São Paulo) possam aproveitar o telescópio e se beneficiem das possibilidades abertas.

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O telescópio será instalado no observatório de Las Campanas, no Chile
O telescópio será instalado no observatório de Las Campanas, no Chile O telescópio será instalado no observatório de Las Campanas, no Chile

A participação também dá direito a empresas brasileiras de participar das licitações para os contratos de desenvolvimento e construção do telescópio.

— O Brasil tem grandes empresas capazes de atuar em diversos setores do processo, da produção de peças mecânicas até a construção civil.

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O astrofísico João Evangelista Steiner, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP (Universidade de São Paulo), assegura que a participação no projeto garante aos astrônomos brasileiros um lugar de destaque.

— A comunidade astronômica brasileira estará na vanguarda por muitas décadas, com grandes oportunidades de descobertas científicas, atraindo novos talentos e também levando inovação para a nossa indústria por meio de parcerias internacionais.

Entre outros participantes do GMT estão as universidades de Arizona, Harvard, Chicago e Texas (EUA), a Astronomy Australia Limited, a Universidade Nacional da Ausrália, o Carnegie Institution for Science, o Korea Astronomy and Space Science Institute e o Smithsonian Institution.

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