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Chernobyl volta à vida em jogo de computador ucraniano

Sinais de advertência de radioatividade e pichações nas paredes de prédios abandonados, contribui para a atmosfera assustadora de uma cidade

Tecnologia e Ciência|

Jogo de computador dá vida a uma cidade abandonada após o desastre de Chernobyl
Jogo de computador dá vida a uma cidade abandonada após o desastre de Chernobyl Jogo de computador dá vida a uma cidade abandonada após o desastre de Chernobyl

Um jogo de computador ucraniano que dá vida a uma cidade abandonada após o desastre nuclear de Chernobyl atraiu 60 mil pessoas desde o lançamento em outubro. Os jogadores de "Isotopium: Chernobyl" dirigem tanques ao redor da cidade fantasma de Prypyat, nocauteando os competidores enquanto procuram por uma fonte de energia e coletam pontos.

Enquanto o jogo tem como tema o desastre nuclear em Chernobyl, no norte da Ucrânia, que completa o 33º aniversário nesta sexta-feira (26), ele também foi inspirado pelo filme de ficção científica de 2009 "Avatar".

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Os recém-chegados ao jogo acham que entraram em um mundo virtual quando, de fato, estão controlando um robô real, equipado com uma câmera e um computador, que percorre um modelo da cidade até o mais ínfimo detalhe.

"Ao jogar o nosso jogo, nos primeiros 5-10 minutos, muitos jogadores não entendem que não é fictício", disse o co-fundador do jogo, Sergey Beskrestnov. "Eles nos mandam mensagens dizendo: 'Vocês têm uma textura legal, vocês têm bons gráficos, seu designer é bom, bem feito. Você tem um sistema operacional legal.'

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"As pessoas então respondem: 'Não é um sistema operacional, é real', e o jogador não pode acreditar que é real", disse Beskrestnov, enquanto joga.

Beskrestnov e seu parceiro Alexey Fateyev usaram mapas do Google e centenas de fotos da área de Chernobyl para recriar os marcos de Prypyat, incluindo edifícios residenciais, um hotel, uma sala de concertos, um parque de diversões e um estádio.

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O modelo em escala real do jogo ocupa um porão de 180 metros quadrados de um edifício residencial na cidade de Brovary, na Ucrânia, a apenas 150 quilômetros da Zona de Exclusão de Chernobyl e 30 quilômetros a leste de Kiev.

Sinais de advertência de radioatividade em miniatura, pichações nas paredes de prédios abandonados e mesas e cadeiras espalhadas dentro de um pequeno café, tudo isso contribui para a atmosfera assustadora de uma cidade outrora animada.

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"É um conceito realmente legal ...", escreveu Shaun Prescott em uma crítica do jogo publicada pela revista PC Gamer em janeiro. "Controlar os tanques é meio complicado, mas eles são tanques, afinal de contas."

Custa 9 dólares para imergir na atmosfera de uma cidade pós-apocalíptica por uma hora, mas apenas 20 pessoas por vez podem jogar simultaneamente. A empresa de Beskrestnov, a Remote Games, disse que 62.615 pessoas em todo o mundo se registraram para jogar o jogo, incluindo cerca de 15.000 na França e 10.000 nos Estados Unidos.

Uma câmera fixada em cima de um tanque em movimento transmite um sinal de alta qualidade em tempo real, permitindo que jogadores de longe, tanto da Austrália quanto do Canadá, desfrutem do jogo sem enfrentar atrasos no fornecimento de sinais de vídeo.

Seus criadores, em seguida, pretendem criar um jogo com a colonização de Marte, em que mil pessoas poderão controlar simultaneamente robôs em diferentes missões envolvidas na operação.

"Muitas pessoas nos aconselham a entrar em contato diretamente com Elon Musk porque isso ressoa seus sonhos e idéias", brinca Beskrestnov.

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