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Entenda o que é internet 5G e por que os EUA estão preocupados

A nova geração da internet móvel  será de 50 a 100 vezes mais rápida do que a 4G. Será possível conectar carros, máquinas e até equipamentos agrícolas

Tecnologia e Ciência|

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bloqueou a aquisição da projetista de chips para comunicação móvel Qualcomm pela rival Broadcom, uma operação de 117 bilhões de dólares, em meio a preocupações de que a transação daria vantagem à China na próxima geração da telefonia móvel, o 5G.

O que é 5G?

As redes 5G, que estão na fase final de teste, dependerão de conjuntos mais densos de pequenas antenas e de computação em nuvem para oferecerem velocidades de tráfego de dados até 50 ou 100 vezes mais rápidas que as atuais redes 4G e servirão como infraestrutura fundamental para uma variedade de indústrias.

A maioria dos acordos para início de construção de redes 5G para o mercado de massa ainda estão a um ano de distância, mas até 2025, 1,2 bilhão de pessoas deverão ter acesso a essas redes - um terço delas na China, de acordo com a organização global GSMA.

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Ao contrário das atualizações dos padrões celulares 2G no início dos anos de 1990, 3G nos anos 2000 e 4G em 2010, os padrões 5G fornecerão conectividade de dados em celulares e computadores e também ajudarão a conectar carros, máquinas, carga e até equipamentos agrícolas.

Por que os EUA estão preocupados?

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O Comitê de Investimento Estrangeiro dos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês), que veta aquisições de empresas norte-americanas por empresas estrangeiras, disse que a aquisição da Qualcomm pela Broadcom impulsionaria a China em relação aos Estados Unidos na corrida pelo 5G.

A aquisição da Qualcomm representaria a jóia da coroa no portfólio de chips de comunicação da Broadcom, sediada em Cingapura, que fornecem Wi-Fi, gerenciamento de energia, transmissão de vídeos e outras funcionalidades em smartphones junto com a própria conexão dos aparelhos às redes de telefonia sem fio.

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A preocupação é que a aquisição da Qualcomm poderia acarretar num corte de investimento em pesquisa e desenvolvimento da empresa ou deixar partes estrategicamente importantes da empresa nas mãos de outros compradores, inclusive na China, disseram autoridades dos EUA e analistas.

Principais nomes da indústria

Antes da nova tecnologia se tornar uma realidade para os consumidores, duas transições são necessárias.

As operadoras de telefonia celular devem atualizar suas redes com equipamentos 5G fabricados por Huawei e ZTE, da China; Ericsson, da Suécia; e Nokia, da Finlândia. E os fabricantes de smartphones precisam fazer aparelhos celulares com rádios 5G prontos para conectar com essas redes.

A Qualcomm é a empresa dominante em chips de comunicação para smartphones, sendo responsável por metade de todos os chips de conexão a redes em smartphones. A companhia é uma das últimas grandes empresas de tecnologia dos EUA com um papel importante em comunicações móveis.

A maioria dos outros chips de conexão de rede vem da Ásia: a MediaTek, de Taiwan; ocupa cerca de um quarto do mercado, enquanto Samsung Electronics e Huawei - dois grandes fabricantes de smartphones - desenvolvem chips para seus próprios dispositivos. A Huawei produz através de uma subsidiária conhecida como HiSilicon.

A posição dominante da Qualcomm em 5G vem do domínio de duas áreas: patentes sendo adotadas como padrões na indústria e venda de projetos de chips que funcionam com esses padrões.

A Qualcomm conseguiu uma série dessas patentes fundamentais, o que significa que os fabricantes de celulares e de equipamentos de telecomunicações têm que pagar taxas de licenciamento para a empresa. A companhia dominou a configuração de padrões para as tecnologias 3G e 4G e deve liderar a lista de detentores de patentes em direção ao ciclo 5G.

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