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Câmeras de segurança em casas, escritórios e lojas já podem ser interceptadas e transmitidas ao vivo pela internet sem o conhecimento dos proprietários. Isso já acontece no Reino Unido de acordo com reportagem publicada no jornal Daily Mail, que durante um período de duas horas assistiu ao conteúdo de um site que mostrava imagens como as de um bebê no berço, um estudante jogando em seu computador de casa e o interior do vestiário de uma igreja
Reprodução/Flickr/cascara
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Os dispositivos vulneráveis incluem babás eletrônicas, câmeras de segurança interna e unidades de vigilância que monitoram escritórios, lojas e fábricas. Para evitar a exposição, os usuários podem simplesmente alterar os códigos de segurança de fábrica que vêm com cada câmera
Reprodução/Daily Mail
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Neste sábado (20), Julian Huppert, do Comitê dos Assuntos Internos no Reino Unido, analisa que os fabricantes deviam fazer mais para proteger os clientes. Ele acredita que as empresas que vendem estes equipamentos deviam forçar os consumidores a alterar as senhas padrão.
— Poderia ser um alerta a qualquer um que tenha câmera em sua casa ou no trabalhoReprodução/Daily Mail
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Segundo o Daily Mail, cerca de 350 mil pessoas e empresas compram câmeras a cada ano no Reino Unido e muitos não mudam a senha padrão, deixando o circuito de segurança exposto aos hackers. Grande parte dos compradores são pais que usam os dispositivos para monitorar bebês e crianças pequenas. Com a segurança prejudicada, imagens que só poderiam ser vistas pelos pais, em alguns casos, foram disponibilizadas por hackers na web para que o mundo inteiro visse
Reprodução/Daily Mail
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O veículo britânico descobriu pelo menos cerca de 60 mil horas de transmissão ao vivo de câmeras de vigilância que podem ser assistidas todos os dias em um só site. O professor Alan Woodward, especialista em segurança cibernética, disse ao Daily Mail que o mais assustador é que as câmeras são compradas para segurança em casa, mas várias também ocupam estabelecimentos comerciais. Caixas e recepcionistas de hotéis são observados em close-up de câmeras fixas às paredes, por exemplo
Reprodução/Daily Mail
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O especialista em tecnologia Shawn Day disse ao Daily Mail que há grandes chances de as imagens serem exploradas por criminosos para ler a tela do computador e registrar informaçõespessoais dos usuários, como senhas.
— Estamos falando de informações financeiras, informações privadas, exatamente o tipo de material que a câmera foi projetada para proteger, mas está fazendo o contrárioReprodução/Daily Mail
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No passado houve casos de incidentes com hackers que tomaram o controle de webcams por meio de um processo chamado de "ratting", no qual o hacker enviava um vírus que lhe dava acesso ao computador de uma pessoa sem o seu conhecimento. Entretanto, o processo para ter acesso a imagens de câmeras de segurança é bem mais simples. A maioria das câmeras que se conectam à internet vêm com um nome de usuário e senha padrão que a maioria das pessoas não percebem que podem, e devem, mudar
Getty Images
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Os hackers então introduzem um número de senhas padrão comumente usados até obter acesso e finalmente transmitir os resultados para sites que todos possam ver. Um dos sites transmissores encontrado não divulga a localização exata das câmeras, fornecendo apenas os nomes de cidades e bairros
Reprodução/Daily Mail
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Muitas câmeras hackeadas usadas por pais para proteger crianças são da companhia chinesa Foscam. Um porta-voz da empresa disse que a fabricante estava ciente das invasões e que agora "força" os usuários a alterar suas senhas
Reprodução/Daily Mail