Uma polêmica envolvendo projetos e até o currículo da empreendedora, escritora e "guru das startups", Bel Pesce, tem dado o que falar na web.
Pesce entrou no furacão da internet depois do financiamento coletivo da hamburgueria Zebeléo, em que o vencedor do Masterchef pedia dinheiro para montar seu negócio. A empreendedora estava no projeto, o crowdfunding, que foi cancelado após muitas críticas.
Fuçando o currículo e a vida profissional de Pesce, o blogueiro e youtuber IzzyNobre levantou uma série de argumentos que apontariam para contradições e supostas farsas na vida acadêmica e profissional da empreendedora.
O blogueiro questiona até o curso de graduação que Pesce teria feito no MIT (Massachusetts Institute of Technology), universidade americana e um dos principais centros de estudo e pesquisa em tecnologia, engenharia e ciências do mundo.
De acordo com ele, Pesce teria maquiado o currículo dizendo ter especializações, que, na verdade, seriam cursos vagos. IzzyNobre chega a questionar se realmente a moça teria se formado.
"Dessa forma estranhamente inflada de descrever sua formação, somado a sites gringos dizendo explicitamente que ela 'dropped out of MIT' (ou seja, “largou o MIT”), me faz pensar que nem formada ela é."
O R7 tentou contato com Bel Pesce por telefone e e-mail diversas vezes, após muita insistência as questões sobre cada ponto levantado por IzzyNobre não foram respondidas, e os assessores da empreendedora deram a seguinte resposta: "Nesta segunda-feira tivemos conhecimento do artigo publicado e das acusações e as medidas cabíveis em relação ao caso já foram tomadas."
O crítico também questiona o fato da empreendedora se dizer fundadora da Lemon (plataforma para finanças pessoais). IzzyNobre cita uma entrevista do verdadeiro fundador da empresa, Wences Casares, em 2012 ao The Next Web, dizendo que contratou Pesce. E, como apenas uma funcionária, ela não teria recebido um só centavo dos cerca de US$ 42 milhões conseguidos com a venda do aplicativo.
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Carreira polêmica
No currículo da empreendedora estão passagens corporativas por empresas de renome como Google, Microsoft e Deutsche Bank. Ela conta em entrevistas, inclusive ter participado de projetos importantes naquelas empresas.
De acordo com o blogueiro, as experiências foram, na verdade, estágios de poucos meses, facilitados a qualquer estudante do MIT, cujas funções eram menores. Ele mostra vídeos e artigos que mostram que sequer há o nome da empreendedora nos projetos que diz ter desenvolvido.
Juntando esses fatores a outras empresas fundadas por ela, que, de acordo com o blogueiro têm pouco peso no mercado, como sites krower.com, Talenj e BeDream, ela não teria propriedade para se "vender" ao mercado como uma guru da internet.
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