Menor árvore de Natal do mundo é criada por estudante holandesa
Estudante do curso de Física Aplicada desenvolveu uma estrutura que tem aproximadamente o tamanho de uma fita de DNA
Tecnologia e Ciência|João Melo, Do R7*
No período natalino, muitas pessoas se esforçam para comprar e produzir uma árvore de Natal grande e repleta de adereços para enfeitá-la. Uma estudante da Delft University of Technology, localizada na Holanda, decidiu seguir o caminho contrário e criou a menor árvore de natal do mundo.
Maura Williems, graduanda no curso de Física Aplicada, conseguiu criar uma árvore de Natal com quatro nanômetros de altura. Para se ter uma ideia do tamanho, em um metro há um bilhão de nanômetros, e uma folha de jornal tem cerca de 100 mil nanômetros de espessura.
Leia mais: Relembre as principais conquistas da astronomia em 2020
A estrutura da árvore é composta por 51 átomos individuais, tendo aproximadamente o tamanho de uma fita de DNA, sem contar com o topo. A maior árvore de Natal do mundo, por exemplo, fica localizada na Itália, na cidade de Gubbio, e tem 750 metros de altura.
Leia também
A pequena estrutura desenvolvida por Maura fazia parte de um projeto de graduação da estudante, que consistia em escanear átomos individuais para, a partir de então, poder mudar as suas posições.
Para isso, ela utilizou um microscópio de tunelamento, equipamento usado por cientistas para obter imagens de moléculas e átomos que estão na superfície de algum objeto sólido. A parte cômica disso é o enorme microscópio produzir uma estrutura tão minúscula como a desenvolvida pela estudante.
Leia mais: Veja as ameaças cibernéticas que mais afetaram os usuários em 2020
Em outubro deste ano, outros pesquisadores, estes da Universidade de Leiden, também na Holanda, desenvolveram um barco em 3D que mede 30 micrômetros. Se você pegar um milímetro de uma régua e dividi-lo em mil partes, cada uma delas será equivalente a um micrômetro.
Segundo os cientistas, esta outra pequena estrutura foi projetada para, inicialmente, seguir bactérias conhecidas e entender como elas funcionam. No futuro, a ideia deles é que esse barquinho possa diagnosticar doenças dentro do corpo humano.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques