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WhatsApp bloqueado: usuários podem entrar com ação para voltar a usar aplicativo

Justiça de São Paulo determinou bloqueio do WhatsApp por dois dias

Tecnologia e Ciência|Do R7

Você usa o WhatsApp pra receber notícias do seu neto, agendar as entregas de sua empresa, falar com o chefe ou mandar aquela piada infame. Mas, de uma hora pra outra, já não pode mais, porque uma decisão judicial bloqueou o aplicativo no Brasil.

Não importa o que você faz no WhatsApp, se você se sentir prejudicado, pode entrar com uma medida judicial. Se vai ser atendido pela Justiça, aí é uma outra história.

“Quando tem um a medida restritiva, você tem o cerceamento do seu direito de ir e vir”, diz o advogado criminalista Antonio Gonçalves, especialista em direito internacional.

— Aquele que se sentir prejudicado, pode fazer uma reclamação aos órgãos de defesa do consumidor, como o Idec e o Procon, ou ingressar [uma ação] tentando anular a decisão.

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O aplicativo WhatsApp será bloqueado no Brasil por 48 horas, a partir da meia-noite desta quinta-feira (17). A decisão é da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo (SP).

É possível bloquear o WhatsApp?

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Por meio de medida cautelar, a Justiça determinou que as operadoras de telefonia bloqueiem o serviço. A decisão ocorreu após o WhatsApp descumprir duas determinações judiciais dos dias 23 de julho e 7 de agosto.

O processo corre em segredo de Justiça, por isso não é possível saber o autor nem a motivação da ação.

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“Eu não posso recorrer porque não faço parte [do processo]. Então teria que ingressar com medida cautelar para assegurar os meus direitos, para que eu possa usar o WhatsApp”, diz o advogado.

Segundo ele, se um usuário ganha essa ação, o benefício se aplicaria apenas a ele. Por isso, o ideal é fazer uma reclamação aos órgãos de consumidor, para que eles entrem com uma ação coletiva.

WhatsApp x Operadoras de telefonia

Assim como na disputa entre Uber e taxistas, acontece um embate semelhante entre o WhatsApp e as empresas de telefonia móvel, como Claro, Vivo, Tim e Oi.

Desde que o aplicativo americano passou a oferecer chamadas via internet, as operadoras criticam o serviço.

Na noite de hoje, o SindiTelebrasil, que representa as operadoras, informou que não é autora nem faz parte da ação que resultou na ordem judicial. Disse também que irá cumprir a decisão “de acordo com as possibilidades técnicas e operacionais”.

A Proteste, organização de defesa do consumidor, já abriu um abaixo-assinado para questionar a decisão judicial.

“As operadoras estão querendo nos impedir de usar os serviços de voz de aplicativos de troca de mensagens, como o Whatsapp e outras aplicações como Viber e Messenger do Facebook. O bloqueio desses serviços desrespeita a garantia de neutralidade da rede garantida pelo Marco Civil da Internet e prestação adequada do serviço, em prejuízo de milhões de consumidores”, diz o documento.

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