O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse em entrevista à rádio Eldorado nesta quarta-feira, 21, que a adesão à vacinação contra a covid está alta na cidade. A expectativa é chegar a 80% dos adultos vacinados (cerca de 58% da população em geral) com pelo menos uma dose até a próxima sexta-feira, 23.
Especialistas em epidemiologia dizem que é necessário vacinar com duas doses pelo menos 70% da população em geral, incluindo crianças e adolescentes, para conseguir controlar o coronavírus. Só 18% da população residente na capital está completamente vacinada.
Aparecido também comentou que o número de pessoas procurando por vacinas específicas - apelidados de sommelier de vacinas - diminuiu até mesmo na área central da cidade onde, segundo o secretário, esse comportamento era mais comum. "Nós estamos vacinando 98% das pessoas em cada faixa etária. Temos uma adesão muito grande", afirmou.
Nesta quarta-feira estão sendo vacinadas as pessoas com 32 anos. Na quinta será a vez de quem tem 31 anos e na sexta, das pessoas com 30 anos de idade. No sábado haverá repescagem para pessoas entre 30 e 34 anos e segunda dose para os públicos elegíveis.
Próximos passos da campanha
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, também falou sobre a campanha de vacinação contra a covid em entrevista à rádio Eldorado nesta manhã. Ele reafirmou que a imunização será estendida a adolescentes (12 a 17 anos) a partir de 23 de agosto, começando pelo público com comorbidades, síndrome de Down, autismo e gestantes.
Gorinchteyn não detalhou qual imunizante será usado nessa fase da campanha. Até o momento, a única vacina aprovada pela Anvisa para o uso em adolescentes é a da Pfizer. Ele disse que o objetivo é aplicar pelo menos uma dose da vacina nas pessoas dessa faixa etária até o mês de dezembro. O Ministério da Saúde ainda não incluiu menores de 18 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid.
O secretário também voltou a falar sobre a revacinação contra a covid que deve começar em janeiro do ano que vem. O plano foi anunciado nesta semana pelo governo do Estado. "Estamos estruturando essa campanha. É um programa estadual, mas imaginamos que será seguido por outros Estados e até pelo Ministério da Saúde", afirmou.
Na nova campanha devem ser usadas doses de Coronavac, que serão produzidas inteiramente em São Paulo, e da Butanvac, vacina que ainda está na fase um dos testes em humanos. De acordo com o secretário, até o fim de outubro serão fabricadas 40 milhões de doses da Butanvac.