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Como a reaproximação entre Lula e Trump pode impactar o agronegócio brasileiro

Economista aborda o atual momento do setor e ressalta que tarifaço ‘serviu para diversificar e ampliar a nossa capacidade de venda’

Agronegócios|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Brasil superou barreiras e teve recordes de exportação no agronegócio.
  • Retomada das relações EUA-Brasil é influenciada por produtos agrícolas valiosos.
  • A tarifações afetam diferentes setores, sendo a soja o mais prejudicado.
  • Expansão das exportações de carne bovina para o Sudeste asiático diversificou vendas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Brasil vem batendo recordes de exportação de vários produtos do agronegócio. O momento ainda é de grandes expectativas sobre o avanço dos diálogos entre Trump e Lula, que podem reduzir tarifas mais altas sobre algumas comoddities.

Em entrevista para o Record News Rural, Daniel Vargas, professor de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), explica que a decisão da retomada de relações Estados Unidos - Brasil se deu por um conjunto de fatores, como o governo brasileiro ser um importante fornecedor de produtos valiosos para o consumo norte-americano como o café ou a carne, que, ao serem inflacionados, geraram uma pressão no governo norte-americano sobre a revisão das tarifas.


“É um primeiro passo desde o início dessa tensão diplomática motivada pelas tarifas, existia muita preocupação [...] esse contato — os dois presidentes conversaram, apontaram a possibilidade de voltarem a se falar — reabre um espaço, ele ainda é tímido, mas já existe [...] no melhor dos casos, estamos apenas no início de um diálogo que vai ser longo e duro. E as resistências para um acordo ainda são imensamente fortes na relação entre os dois países”, ressalta o especialista.

O professor enfatiza que um tarifaço de grande magnitude separa o antes e o depois dentro do mercado, sempre resultando em saldos negativos para ambas as partes envolvidas. Para ele, é importante analisar as cadeias desses âmbitos e compreender suas dinâmicas, como a soja que foi extremamente afetada pelas tarifas, o oposto das carnes bovinas; ressaltando que cada setor vai ser atingido e vai sentir o “baque” de formas diferentes.


“Depende das possibilidades de redirecionamento, depende da maneira como o setor opera, da sua forma de produção. O setor soja foi o que mais sofreu — mas se reergueu com a grande aquisição do produto vindo do governo chinês — no caso do setor de carne bovina, felizmente, os efeitos foram menos sentidos, expandimos as nossas exportações para o Sudeste asiático, Filipinas, Vietnã, Malásia. Tudo isso serviu não apenas para neutralizar, mas para, na verdade, diversificar e ampliar a nossa própria capacidade de venda”, explica o professor ao reafirmar que tais ações não simbolizam que o mercado americano não seja valioso para nossa economia.

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