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Especialista explica desafios do agronegócio brasileiro devido às mudanças climáticas

Seca e alterações climáticas impactam a agricultura no Brasil, exigindo novas estratégias de adaptação

Agronegócios|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O agronegócio brasileiro enfrenta desafios devido às mudanças climáticas, afetando culturas como soja e milho.
  • Fatores como o fenômeno La Niña e variações nas temperaturas dos oceanos influenciam a escassez de chuvas.
  • Estudos indicam uma tendência crescente de períodos secos nos últimos 20 anos, dificultando a agricultura.
  • Especialistas sugerem investir em tecnologias e espécies agrícolas resistentes à seca para mitigar os impactos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O agronegócio brasileiro enfrenta desafios significativos devido às mudanças climáticas. A falta de chuvas tem afetado culturas importantes como soja e milho em regiões-chaves do país.

Em entrevista ao Record News Rural, Giovane Dolif, doutor em meteorologia e coordenador substituto do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), destacou que a expectativa para o início da estação chuvosa foi frustrada com precipitações abaixo da média nos meses de outubro e novembro.


Para Giovane, a previsão para 2026 é desafiadora Reprodução/Record News

Dolif explicou que fatores como o fenômeno La Niña e variações na temperatura dos oceanos Atlântico e Pacífico estão contribuindo para essa situação.

“É uma combinação de fatores. Dois deles têm a ver com a temperatura do oceano e um deles tem a ver com a Antártica. O primeiro é a La Ninã, que é o resfriamento das águas do Pacífico, que influencia o regime de chuvas no Brasil, com seca no sul, fazendo com que as frentes frias avancem mais para a norte. Frente fria, quando ela entra, até ajuda na chuva, mas ela vem acompanhada de um ar mais frio e seco. Esse ar mais seco dificulta a precipitação depois que a frente fria vai embora.”, explica.


Outro motivo é a temperatura do oceano Atlântico. O resfriamento das águas no Pacífico influencia negativamente o regime de chuvas no Brasil ao permitir que frentes frias avancem mais ao norte sem trazer umidade suficiente.

Além disso, ele mencionou a oscilação antártica como outro fator relevante.


Esse índice mede as variações de pressão que afetam a frequência das frentes frias sobre o território brasileiro. Esse comportamento atmosférico resulta em episódios isolados de chuva intensa seguidos por longos períodos secos.

Para Dolif, a previsão para 2026 é desafiadora, pois os modelos indicam persistência desse cenário seco até dezembro.


Ele indica ainda ser crucial investir em espécies agrícolas resistentes à seca, além melhorar sistemas irrigatórios disponíveis para os produtores rurais brasileiros.

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