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‘País que mais cresceu e mais produziu’, diz especialista sobre cultivo de amendoim no Brasil

Mesmo enfrentando desafios climáticos, país alcançou terceiro lugar no ranking mundial em produtividade

Agronegócios|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Brasil atinge terceiro lugar mundial em produtividade de amendoim, com 3,8 toneladas por hectare.
  • Aumento na produção deve-se ao investimento em tecnologia e trabalho no campo.
  • Além da quantidade, houve melhora na qualidade, permitindo acesso a novos mercados internacionais.
  • Desafios climáticos, como secas, impactaram a safra, mas a produtividade continua em ascensão.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Brasil atingiu o terceiro lugar no ranking mundial de produtividade de amendoim ao alcançar 3,8 toneladas por hectare.

Em entrevista ao Record News Rural, Pablo Rivera, vice-presidente da Abex-BR (Associação Brasileira do Amendoim), falou sobre o aumento da produção do amendoim no país e do alcance a grandes produtores. “Em produtividade, nos últimos 15 anos, saímos de 2 toneladas por hectare para 4,5 por hectare. Isso se deve muito à tecnologia em campo e a qualidade que vem desenvolvendo, não só o produtor como a indústria. Isso nos permitiu brigar com players como a Argentina e Estados Unidos, que são grandes exportadores de amendoim de qualidade”.


Vice-presidente da Abex-BR destaca que, apesar das mudanças climáticas recentes em São Paulo, a safra atual do amendoim foi significativa Reprodução/Record News

Rivera mencionou que, além da quantidade produzida, houve avanços na qualidade, permitindo competir com grandes exportadores tradicionais e alcançar novos mercados. “Nos fez ganhar muitos mercados, mercados europeus, mercados russos, mercados australianos, entre outros. O Brasil vem se destacando pela qualidade. Também somos agressivos na comercialização, mas cada dia estamos ganhando mais mercados, sobretudo também no óleo de amendoim. Infelizmente aqui no Brasil a gente consumia há muitos anos atrás, hoje não é tão assim, mas é um óleo de altíssima qualidade”, explica.

O vice-presidente destacou que apesar das mudanças climáticas recentes em São Paulo, que é o principal estado produtor, a safra atual foi significativa. “A gente veio do ano passado com uma quebra de safra, devido à seca histórica que sofreu a nossa cultura, sobretudo aqui no estado de São Paulo. Mas este ano também sofremos uma seca em menor medida, e tivemos um aumento elevado diário. Então isso nos colocou com uma safra de 1,3 milhão toneladas, conforme os dados que levantamos com a associação”, conta.


Desde 2014/2015, a área cultivada passou de 50 mil para quase 340 mil hectares. “Em pouco tempo, foi o país que mais cresceu e que mais teve produtividade. Não só com novas variedades, mas com novos produtos que estamos trabalhando, biofertilizantes, biodefensivos. Então isso sempre refletiu na nossa produtividade. Apesar de termos sofrido uma seca, estamos posicionando em terceiro no mundo com maior produtividade. Se fosse um ano normal, de safra normal, estávamos do lado dos Estados Unidos, que é o maior país em produtividade”, explica.

A aplicação de novas tecnologias agrícolas também impulsionou essa expansão e melhorou a qualidade do produto brasileiro. O vice-presidente explica ainda que a irrigação é um dos maiores problemas: “A maioria das áreas não são irrigadas. O Mato Grosso do Sul, que representa 13%, também não são irrigadas. Mas nunca precisou. O amendoim é bem rústico, ele não precisa de muita água, mas as duas secas castigaram muito a nossa cultura”.

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