Fortes chuvas deixam 250 desabrigados na capital, afirma Semps
Número pode passar de 500, pois estima-se que 300 imóveis estão localizados em áreas de risco
Bahia|Do R7
Após as fortes chuvas que atingiram a capital baiana, aproximadamente 250 pessoas estão desabrigadas, segundo levantamento da Semps (Secretaria de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza). Mas, o número pode passar de 500, pois estima-se que 300 imóveis estão localizados em áreas de risco e as famílias precisarão deixar suas casas.
De acordo com a Prefeitura de Salvador, os desabrigados que não tiverem ou quiserem ir para casa de parentes serão recebidos em estruturas montadas em locais como o Espaço Axé, em Pau da Lima, e na Escola Municipal Helena Magalhães, em Boa Vista de São Caetano.
Nesta terça-feira (28), a Codesal (Defesa Civil de Salvador) e a PM (Polícia Militar) confirmaram que 15 pessoas morreram nos desmoronamentos em San Martin e Marotinho, em Bom Juá, provocados pela chuva.
O Corpo de Bombeiros ainda busca desaparecidos no desmoronamento em San Martin. De acordo com a PM (Polícia Militar), o número de soterrados não é oficial, mas se falam de dois ou três vítimas.
O cenário de caos levou o prefeito ACM Neto a assinar, na noite desta terça-feira (28), o decreto afirmando situação de emergência nas regiões do Subúrbio, Cajazeiras, Liberdade e Pau da Lima, consideradas mais castigadas pelas fortes chuvas. O objetivo é possibilitar a adoção de medidas com mais agilidade para assegurar o restabelecimento da normalidade na capital baiana.
Na decisão, o prefeito levou em consideração o registro de vítimas fatais, a previsão de mais chuvas para a capital baiana e o grande número de solicitações de vistorias dirigidas à Defesa Civil, sobretudo ameaças de deslizamento.
Mais cedo, o prefeito sobrevoou as áreas mais afetadas pelas chuvas ao lado do governador Rui Costa e do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.
—O governo federal dispõe de dois tipos de ajuda, uma em caráter emergencial, por meio do Ministério da Integração Nacional, e outra em caráter de prevenção, através do Ministério das Cidades. O mais importante nesse momento é o levantamento que está sendo feito por três equipes da Defesa Civil, municipal, estadual e federal, das áreas de maior risco.