Irmãos Bordoni são investigados por sonegação de ICMS
“Operação Citrus” cumpriu 11 madados de busca e apreensão três municípios
Bahia|Do R7
Nesta terça-feira (10), foram apreendidos documentos fiscais, computadores, notebooks e celulares dos irmãos Bruno e Leonardo Bordoni de Oliveira, proprietários do Grupo Bordoni, investigados por sonegação de R$ 4,8 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Durante operação da Força Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal, a “Operação Citrus”, cumpriu 11 madados de busca e apreensão em Salvador, Candeias e Santo Amaro.
Segundo as investigações, os irmãos Bordoni criaram a JB Refeições Industriais Ltda., que comercializa refeições para indústrias, escritórios, escolas e hospitais do município de Candeias, em nome de dois “laranjas”. A empresa não recolheu o ICMS, originando dívida milionária junto aos cofres públicos. De acordo com a delegada, a empresa está em nome de dois empregados dos irmãos que não têm condições financeiras de arcar com o tributo.
Donos também de uma locadora de veículos e de uma empresa patrimonial, em Candeiais, os irmãos vivem em condomínios luxuosos de Salvador. Bruno mora no Condomínio Vale do Loire, no Rio Vermelho, e Leonardo, na Mansão Chateau do Horto, no Horto Florestal. A titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) informou que a Justiça já bloqueou os bens dos dois empresários.
Além dos endereços dos empresários, um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na residência de Edvaldo Messias, contador do grupo, que reside na cidade de Santo Amaro. Os equipamentos eletrônicos apreendidos passarão por perícia no DPT (Departamento de Polícia Técnica). Já os documentos fiscais serão analisados pelos técnicos da Sefaz (Secretaria da Fazenda). Os irmãos poderão responder pelos crimes de fraude fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação foi realizada por força-tarefa formada pelas Sefaz, SSP (Segurança Pública), por meio da Dececap, a Procuradoria Geral do Estado, via Procuradoria Fiscal, e o MPE (Ministério Público Estadual), por meio da Promotoria de Justiça Especializada em Combate à Sonegação Fiscal de Âmbito Regional, com sede na Comarca de Camaçari, em conjunto com o Gaesf (Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular).