MPF justifica prisão e diz que Prisco aposta na "política do terror"
Medida foi requerida pelo MPF para a garantia da ordem pública, diz órgão
Bahia|Do R7

O MPF (Ministério Público Federal) divulgou nesta sábado (19) uma nota no site para esclarecer a prisão do vereador e coordenador-geral da Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia), Marco Prisco. Segundo o órgão, o líder do movimento grevista responde a ação penal por crimes previstos na Lei de Segurança Nacional, em processo que está em curso na 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia. De acordo com a nota, "mesmo denunciado pela prática de crimes contra a segurança nacional, continuou ostensivamente a instigar o uso da violência e da desordem e a liderar movimentos grevistas expressamente proibidos pela Constituição Federal, não só no Estado da Bahia, como em outras unidades da federação, apostando na política do terror".
O MPF afirmou ainda que Prisco liderou três greves "ilegais" de policiais militares de "consequências nefastas" para os cidadãos baianos. O órgão afirmou que no período da paralisação da PM mais de cem pessoas foram assassinadas em Salvador, além de terem sido praticados saques, "arrastões", roubos e a restrição ao direito de ir e vir dos cidadãos, o que "instalou entre a população baiana verdadeiro estado de pânico generalizado".
Segundo o MPF, entre as hipóteses legais para a decretação da prisão preventiva estão a garantia da ordem pública e a necessidade de preservar a sociedade contra a possibilidade de que o réu continue a reincidir em práticas delitivas. "Todos os elementos, portanto, para o pedido de prisão preventiva e seu deferimento pela Justiça Federal estão presentes em relação a Marcos Prisco".