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Na Bahia, projeto estimula mulheres a conciliarem maternidade e negócios

Rede fomenta o empreendedorismo e apoia mães que enfrentam este desafio

Bahia|Do R7 *

As conquistas do mundo feminino muitas vezes impõem às mulheres escolhas difíceis, como a de optar por independência financeira ou dedicar-se a maternidade. Na Bahia, um projeto foi criado por mulheres que acreditam que é possível conciliar a maternidade e os negócios.

Rede Maesba

Conceito de rede está na ideia de dar suporte às mães que decidem cuidar dos filhos e trabalhar em casa ao mesmo tempo
Conceito de rede está na ideia de dar suporte às mães que decidem cuidar dos filhos e trabalhar em casa ao mesmo tempo

A rede Maesba (Mães Empreendedoras da Bahia) foi criada em fevereiro de 2014 com o intuito de fornecer dicas, trocar experiências e estimular o empreendedorismo materno. A ideia surgiu após a licença maternidade de Lorena Cruz. Bióloga, ela conta que depois do nascimento da pequena Manuela, ficou dividida entre voltar ao trabalho e cuidar da filha em casa.

— Eu pensei em largar o trabalho, foi quando conheci a Rosana em um bazar e partilhávamos da mesma ideia: querer ficar em casa cuidando dos filhos e ainda ajudar nas contas. Mas, percebemos que aqui na Bahia não havia nenhum grupo que apoiasse as mães.


Após o surgimento da rede, Lorena conta que além da Rosana Duarte, jornalista, outra amiga, Jaqueline Almeida, formada em Relações Públicas, se juntou na organização do projeto.

— Nós três começamos então a estruturar a rede. Fomos organizando eventos gratuitos e o número de mulheres interessadas em participar da rede só foi aumentando.


As idealizadoras do projeto explicam que, o conceito de rede está na ideia de dar suporte às mães que decidem cuidar dos filhos e trabalhar em casa ao mesmo tempo.

Empreendedorismo materno


Lorena Cruz e sua filha Manuela, poucos meses após o nascimento
Lorena Cruz e sua filha Manuela, poucos meses após o nascimento

A pesquisa "As Mulheres Empreendedoras no Brasil", realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), aponta que o número de mulheres que decidem empreender aumentou 21% nos últimos dez anos. Mas, Lorena afirma que há uma diferença entre o empreendedorismo feminino e o materno.

— Apesar de sermos mulheres, a diferença é que na rede não necessariamente queremos fazer uma carreira de sucesso ou ficar ricas, queremos apenas ajudar em casa e estar perto dos filhos.

Informação e profissionalização

No site da rede às mães tem acesso a informações sobre como empreender e alavancar o negócio. Eventos gratuitos, como cirandas maternas e workshops são realizados no intuito de dar dicas às mulheres.

Em maio de 2014, por exemplo, o projeto realizou o primeiro workshop com o tema "Aprendendo a Empreender", e teve como palestrante uma funcionária do Sebrae.

Nas redes sociais do projeto, as mães também podem trocar ideias, tirar dúvidas e divulgar o trabalho que fazem. 

Aumento nas vendas e mudança na rotina 

As participantes da rede contabilizam as mudanças ocorridas após o ingresso no grupo. Ana Fernanda Souza, jornalista, disse que conheceu o projeto pelas redes sociais e que sua vida mudou.

— Depois que conheci a rede fiquei tão empolgada com a ideia que fui divulgando para o máximo de amigas. Aqui, fui estimulada a reviver um sonho antigo: o de empreender. Percebi que não teria exemplo maior para meu filho do que mostrá-lo que era preciso correr atrás dos sonhos.

Para Ana Fernanda, a ideia da rede que sustenta é muito forte, porque além de se apoiarem, elas acabam fazendo trabalhos juntas e aumentando a renda.

Colhendo frutos

Primeiro workshop da rede teve como palestrante uma funcionária do Sebrae
Primeiro workshop da rede teve como palestrante uma funcionária do Sebrae

Em menos de um ano de existência, mais de 120 mulheres estão cadastradas na rede e mais de 800 participam pelas redes sociais.

Lorena comenta que, junto com as outras duas organizadoras, pretende trazer novidades em 2015 e continuar estimulando as mulheres a usarem sua multiplicidade de funções. 

*Colaborou a estagiária do R7 Kátia Prado

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