Sindicato da Indústria da Construção diz que desaquecimento não permite reajuste com ganho real
Trabalhadores estão paralisados deste segunda-feira (24)
Bahia|Do R7
Os trabalhadores da construção decretaram greve geral e estão parados desde segunda-feira (24). Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste salarial e nos itens econômicos, acréscimo de R$ 40 na cesta básica para todos os trabalhadores, independentemente do número de empregados, e correção do piso salarial do cadastrista (tabela da Embasa).
Em nota, o Sinduscon-BA (Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia) considera a greve uma ferramenta legítima, e que deveria ser utilizada como último recurso em uma negociação, mas avalia que não é o caso desta paralisação. Segundo o sindicato, desde dezembro negocia com a bancada dos trabalhadores, mas em razão de falta de consenso nas cláusulas econômicas o processo passou a ser mediado pela SRTE-BA (Superintendência Regional de Trabalho e Emprego da Bahia).
Operários da construção civil entram em greve
O Sinduscon-BA oferece aos trabalhadores um aumento de 5,56% referente à reposição da inflação no período, mas afirma que as empresas enfrentam um ambiente econômico de desaquecimento, com tendência de piora, o que "não permite um reajuste com ganho real, conforme pleiteiam os trabalhadores".
Ainda segundo o sindicato, nos últimos anos foram incorporados aos salários dos trabalhadores da construção reajustes com ganhos reais que variam de 18% a 38%, a depender da função. "Neste momento, é importante manter a saúde financeira das empresas para que a situação não se agrave implicando na redução de vagas no setor. A manutenção da greve prejudica trabalhadores, fornecedores, clientes e as empresas, contribuindo negativamente com o cenário econômico atual".