Uber cogita instalar botão de pânico para motoristas e passageiros
Não há previsão de quando a nova ferramenta será implantada
Bahia|Matheus Pastori, do R7, com RecordTV Itapoan
Casos de violência envolvendo o aplicativo Uber têm se tornado cada vez mais frequentes no Brasil. Na Bahia, 18 mil motoristas trabalham com o sistema de caronas pagas, a maioria deles em Salvador. O aplicativo, de porte mundial, chegou ao país no final de 2014, quando começou a operar no Rio de Janeiro.
O Uber teve grandes dificuldades para se expandir pelo território nacional. Decisões judiciais chegaram a suspender as atividades do aplicativo, alegando que não havia regulamentação adequada para seu funcionamento. Muitos dos processos são movidos por taxistas, que se dizem atingidos por “uma concorrência desleal”. Na capital baiana, que não reconhece oficialmente o aplicativo, o Uber opera aliado a uma liminar da Justiça Federal, concedida em meados de 2016.
Um dos argumentos contra o aplicativo são as brechas de segurança que têm sido apontadas como as causas dos crimes envolvendo tanto passageiros quanto motoristas do sistema. Usuários do aplicativo alegam que uma das maiores carências é a impossibilidade do motorista de saber o nome e destino do passageiro, o que dificulta a aferição do possível risco de uma corrida.
Não é preciso ir muito longe para encontrar um exemplo deste problema. No último domingo (7), o jovem José Henrique Pereira Alves, de 24 anos, foi morto a tiros enquanto dirigia durante uma corrida em Salvador. Já em novembro de 2017, uma adolescente de 17 anos afirmou ter sido estuprada durante uma viagem solicitada pelo sistema, também na capital.
Botão de pânico
Em resposta à onda cada vez maior de casos policiais envolvendo o aplicativo, o Uber cogita instalar uma espécie de botão de pânico, que estaria disponível tanto para motoristas como para passageiros. Com o acionar deste dispositivo, um alerta de emergência seria recebido pela empresa, que, após uma avaliação prévia, repassaria a situação às autoridades competentes. As informações foram obtidas pelo R7 através fontes internas do aplicativo no Brasil.
Outro recurso cogitado é a possibilidade de identificação do sexo do passageiro. Ou seja, o motorista ficaria hábil a saber se quem solicita a corrida é homem ou mulher.
A diretoria do Uber no Brasil afirma que não existe previsão de quando alguma destas ferramentas será implementada, mas, uma coisa é certa: a empresa não está disposta a perder espaço para novos escândalos.
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