A importância das células troncos é tema do Estúdio News deste sábado
As pesquisas de tratamentos com células-tronco são inúmeras pelo mundo inteiro. Os estudos envolvem doenças como câncer, diabetes, Alzheimer e diversas outras.
Brasil|Do R7
Patricia Pranke, professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Coordenadora do Instituto de Pesquisa com Células-Tronco diz que a célula-tronco funciona como se fosse uma célula coringa.
“A célula-tronco é uma célula que não deu origem a nenhuma linhagem específica, ou seja, ainda não é definida que, por exemplo, vai formar um tecido cardíaco ou a célula do sangue. Ela é muito imatura e tem a capacidade de dar origem a todos os tipos celulares, ela pode se diferenciar em qualquer tipo de células do nosso organismo e dependendo de como nós podemos induzir, in vitro, em laboratório através de reagentes”, explica Pranke.
Já no corpo humano há fatores que vão induzir essas células de acordo com o ambiente em que estiverem, seja na medula óssea, em células sanguíneas, outro tecido, em pele e assim por diante.
A professora da UFRGS, destaca que as células-tronco vieram para nos ensinar como se dá a diferenciação de tecidos, ajudar a regenerar um tecido que sofreu uma lesão, seja por um trauma, uma doença ou porque esse tecido teve que ser removido em um tratamento, como em casos de câncer.
Segundo Natasha Maurmann, pós-doutoranda no Laboratório de Hematologia e Células-tronco da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, há uma variada gama de doenças que podem ser tratadas, lesões de pele, queimaduras e lesões ósseas.
“O Clinical Trials é um site dos EUA que compila os estudos clínicos que estão em andamento pelo mundo e estão descritas todas as doenças que se pensa que as células-tronco podem ter benefício e o que os pesquisadores têm feito”, explica Natasha.
É importante ressaltar que cada enfermidade tem sua particularidade e cada tipo de problema pode ser melhor ou pior manejado com o uso de terapia com células-tronco.
No Brasil, as pesquisas são basicamente financiadas pelo Governo.
“É um desafio para nós, conseguir disputar as verbas e ir atrás dos editais, estamos sempre escrevendo e buscando verbas para conseguir desenvolver de uma forma coerente e adequada seguindo as normas e as regras, diferente de outros países onde existem doações, pesquisas que não são públicas”, diz Natasha.
Patrícia Pankre acrescenta: “No cenário brasileiro temos um grave problema de importação, pagamos taxas muito altas para importação de equipamentos e de reagentes de laboratório, esse é um bloqueio muito grande que nós temos”.
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