Abratel repudia agressões sofridas pela Record TV na cobertura das manifestações nas estradas do país
Em nota, associação disse que violência contra jornalistas fere a Constituição e cobrou apuração dos fatos após casos em SP e SC
Brasil|Do R7
A Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) emitiu uma nota oficial para repudiar as agressões que a reportagem da Record TV recebeu em ao menos dois episódios na cobertura dos bloqueios nas estradas do país devido ao descontentamento com o resultado das urnas do último domingo (30).
Na nota, a Abratel afirma que "as agressões físicas, lesão corporal grave a repórteres e impedimento do exercício do trabalho jornalístico ferem diretamente o direito à informação, assegurado pela Constituição Federal".
Um dos casos de violência contra jornalistas da Record TV ocorreu em Mirassol (SP), onde houve um atropelamento intencional de manifestantes que se concentravam na rodovia Washington Luiz. Depois do crime, o repórter Yuri Macri e o cinegrafista Edmilson China sofreram hostilidades dos integrantes do ato quando fizeram uma entrada ao vivo na Record News.
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O outro caso foi registrado em Blumenau (SC), quando uma equipe da NDTV, afiliada da Record, sofreu agressões verbais de manifestantes na cobertura de uma manifestação, na segunda-feira (1º), na BR-470. Na ocasião, o repórter Stêvão Limana e o repórter cinematográfico Lucas Fernandes foram alvo dos manifestantes.
A associação destacou ainda que "o livre exercício do jornalismo deve ser respeitado" e afirmou que considera que "este tipo de ato é inadmissível e injustificável".
Logo em seguida, a Abratel cobrou as autoridades para que os fatos sejam apurados e exigiu que "situações similares não se repitam, e que profissionais e emissoras possam continuar a sua essencial missão de levar informação de qualidade à sociedade".
Leia a nota na íntegra:
"NOTA DE REPÚDIO
A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) repudia as agressões sofridas por equipes de reportagens durante a cobertura das manifestações que perduram desde a segunda-feira (31), sendo acentuadas nesta quarta (2). As agressões físicas, lesão corporal grave à repórteres e impedimento do exercício do trabalho jornalístico ferem diretamente o direito à informação, assegurado pela Constituição Federal.
Para a Abratel, o livre exercício do jornalismo deve ser respeitado. A associação considera este tipo de ato inadmissível e injustificável. Acreditamos que preservar o trabalho da imprensa e resguardar a segurança dos profissionais de jornalismo são imprescindíveis para uma sociedade mais justa e equilibrada. Solicitamos que os fatos sejam apurados pelas autoridades. Prestamos solidariedade aos profissionais da Rádio Gaúcha, Record TV, SBT e Band.
A Abratel espera que situações similares não se repitam, e que profissionais e emissoras possam continuar a sua essencial missão de levar informação de qualidade à sociedade.
Associação Brasileira de Rádio e Televisão ABRATEL"