Amazônia: Mourão diz que esforços do Brasil não foram suficientes
No Fórum Econômico Mundial, vice-presidente falou em parcerias com iniciativa privada para a preservação da floresta
Brasil|Do R7, com informações da Agência Estado
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou na manhã desta quarta-feira (27), durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, que o Brasil "trabalhou sem parar para combater os incêndios e desmatamento na região amazônica", mas admitiu que as ações "não foram suficientes".
"É uma tarefa difícil, mas não impossível de ganhar. O governo brasileiro mostrou comprometimento com a agenda ambiental", afirmou.
O general da reserva do Exército destacou que a gestão Jair Bolsonaro está fazendo "o melhor" para a Amazônia alcançar "seu papel para os brasileiros e outros povos do mundo".
Destacou também a regularização de terras e que o país busca condições necessárias para que as agências ambientais trabalhem com "força total" na fiscalização do bioma.
Financiamento privado
O vice-presidente do Brasil afirmou ser inevitável a participação do setor privado para que o País consiga proteger a Amazônia e fazer prosperar economicamente a região. "Está claro para nós que, sem parceiros públicos e privados, não seremos capazes de atingir nossa meta principal de preservar a região."
A fala do representante brasileiro ocorreu durante o painel "Financiando a transição da Amazônia para uma bioeconomia sustentável", organizado pela versão online do Fórum.
O debate tem como premissa a avaliação de que a Amazônia tem potencial para se tornar a bioeconomia mais importante do mundo, gerando empregos e inovação enquanto restaura e conserva ecossistemas.
Para Mourão, 2020 foi o ano mais desafiador da história recente - segundo o vice, não apenas por causa da pandemia, mas também por questões ligadas à sustentabilidade. "O Brasil não parou de trabalhar contra a depredação da Amazônia", garantiu. "O governo tem mostrado o empenho com a agenda sustentável para o mundo", acrescentou.
Conforme o vice-presidente, os esforços após o estabelecimento do Conselho Nacional da Amazônia Legal conseguiram diminuir o desmatamento na floresta, porém, os investimentos internacionais estão aquém do esperado.
Mourão destacou a necessidade de parcerias com o Banco Mundial no estabelecimento de um fundo para preservação da região, além de acordos com os bancos da Amazônia e o BNDES.
“Nossos esforços não foram suficientes, mas o conselho vai fazer de tudo para definir políticas públicas para combater o desmatamento e queimadas”, admitiu.
O vice-presidente disse acreditar que investimentos privados devem financiar também projetos científicos na região amazônica. "O Brasil quer trabalhar com todos os parceiros que querem o desenvolvimento sustentável da Floresta. Convido-os para trabalhar agenda de recuperação verde."