Ambiente muito frio, peripécias de Michelzinho e sofás pretos: as razões que espantaram Temer da Alvorada
Governo disse, em nota, que reforma de R$ 24 mil no prédio foi ‘manutenção periódica’
Brasil|Do R7
Assim que retornaram da Base Naval de Aratu, na Bahia, onde passaram o Carnaval, o presidente Michel Temer (PMDB), a primeira-dama, Marcela Temer, e o filho Michelzinho decidiram abandonar o Palácio da Alvorada — após uma reforma de R$ 24 mil — e voltar a morar no Palácio do Jaburu.
Entre as razões para a família Temer ter abandonado o Alvorada, para onde se mudaram no último dia 17, estão o ambiente grande e frio, Michelzinho arteiro e a decoração do Alvorada. Um assessor presidencial disse que "o presidente não se adaptou ao local, achava tudo muito distante e pouco conseguia ver o filho".
Outro motivo, segundo o assessor presidencial, seria o comportamento de Michel e Marcela Temer, Michelzinho, “que é muito danado” e “some toda hora”. Os seguranças da Presidência e os avós do menino ficam, segundo o assessor, preocupados a todo momento.
A decoração do Alvorada também influenciou na volta para o Jaburu. Em entrevista ao portal Poder 360, o ex-secretário-executivo da Comissão de Curadoria dos Palácios Claudio Soares Rocha disse que Marcela Temer não gosta de móveis vermelhos e o presidente se recusa a ter sofás pretos — remanescentes da década de 1990.
De acordo com Rocha, “o presidente Temer não gosta de sofá preto. Então recolheram os sofás comprados na década de 1990 por sofá de algodão bege”. Quanto a aversão de Marcela ao vermelho, disse que “pediram que o tapete vermelho fosse substituído”.
Reforma de R$ 24 mil
O Palácio da Alvorada passou por uma série de consertos que custaram R$ 24.015,68, segundo informou a Secretaria de Governo. Entre as mudanças estão a instalação de uma tela de proteção na varanda do quarto de Michelzinho e a reforma de armários do palácio.
O prédio já havia sido reformado entre 2004 e 2006, durante a gestão Lula, quando sofás da cor preta e o telhado — remanescentes da década de 1960 — foram preservados.
Em nota divulgada ontem à noite, a Presidência informou que “o Palácio da Alvorada não passou por reformas para receber a família do presidente”, mas, sim, por “serviços de manutenção e reparos”.
“Os últimos, envolveram pintura geral do prédio, salas, pisos e reparos em armários. Da mesma forma, o Palácio do Jaburu passa por manutenção periódica. Reparos estão sendo feitos na parte elétrica, de marcenaria e refrigeração”, completa ao comunicado.