Anac e ANP apuram suspeita de adulteração de gasolina de aviação
Proprietários de aviões que fazem táxi-aéreo, voos particulares e de instrução apontam danos nas aeronaves e estão parando de voar
Brasil|Do R7
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a ANP (Agência Nacional de Petróleo) decidiram investigar uma suspeita de adulteração da gasolina de aviação (AVGAs) distribuída no Brasil após receberem denúncias da associação de pilotos e prorietários de aeronaves, a Aopa, sobre a má qualidade dos produtos. A associação inclusive recomendou aos seus membros a suspensão de todas as atividades.
Entre os prejudicados estão proprietários de aviões que fazem táxi-aéreo, voos particulares e de instrução. Eles apontam danos e corrosões em tanques de combustível, peças e vazamentos. Muitos seguiram a recomendação e se recusam a levantar voo até que seja feita uma investigação.
Outras associações reforçam o pedido. É o caso da Abrapac (Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil), que pediu uma investigação do combustível distribuído nos últimos 180 dias.
A gasolina usada por essas aeronaves é importada. As causas da suposta adulteração são desconhecidas.
Na quinta, a Anac emitiu boletim de aeronavegabilidade aos operadores de aeronaves recomendando que, caso exista histórico ou evidências de contaminação, busquem imediatamente uma oficina de manutenção aeronáutica credenciada para uma avaliação mais detalhada.
Anac recomenda fim de serviço de bordo em voos nacionais
Entre os locais já fiscalizados pela ANP está o Campo de Marte, em São Paulo, que movimenta mais de 70 mil voos por ano. Os resultados ainda não foram divulgados.
Caso seja identificado problema, “a Anac atuará imediatamente em prol da segurança da aviação, podendo, inclusive, recorrer a medidas cautelares e emergenciais”, divulgou a agência em nota nesta sexta.