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Analfabetismo entre negros é duas vezes maior do que entre brancos

Brasil tem 11,8 milhões de pessoas que não sabem ler ou escrever

Brasil|Juliana Moraes, do R7


País tem 11,8 milhões de analfabetos
País tem 11,8 milhões de analfabetos

No Brasil, a taxa de analfabetismo entre as pessoas pretas ou pardas (9,9%) foi mais do que o dobro do que entre as pessoas brancas (4,2%) de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Educação divulgados nesta quinta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A relação desigual foi constatada em todas as Grandes Regiões.

Em 2016, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 7,2%, o equivalente a 11,8 milhões de pessoas. O número apresentou ainda uma relação direta com a idade: atinge até 20,4% entre as pessoas de 60 anos ou mais.

Entre os adolescentes de 15 anos ou mais, 7,2% são analfabetos. Desses, 4,2% são brancos e 9,9% são pretos ou pardos. Na faixa etária de 18 ou mais, o analfabetismo atinge 7,7% (4,4% brancos e 10,6% pretos ou pardos). Entre os adultos de 25 anos ou mais, 8,8% são analfabetos (4,9% brancos e 12,4% pretos ou pardos). No grupo das pessoas com 40 anos ou mais, 12,3% não são alfabetizados (6,8% brancos e 17,8% pretos ou pardos). A população de 60 anos ou mais é a que mais sofre com o analfabetismo: 20,4% (11,7% brancos e 30,7% pretos ou pardos).

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A região nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (14,8%), cerca de quatro vezes a mais do que as taxas da região sudeste (3,8%) e Sul (3,6%). A região norte teve taxa de 8,5% e a centro-oeste de 5,7%.

Outro dado relevante da pesquisa foi a diferença do nível de instrução quando a cor ou a raça foram levadas em conta. Enquanto 7,3% das pessoas brancas não tinham instrução, 14,7% das pessoas pretas ou pardas estavam nesse grupo.

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O oposto acontece no nível superior completo: 22,2% das pessoas brancas são formadas na faculdade, enquanto apenas 8,8% da população preta ou parda possui formação universitária. Na região sudeste, a diferença é ainda mais acentuada: 25,6% das pessoas brancas possuem o diploma, ao passo que apenas 9% dos pretos ou pardos têm.

No País, 56,5 milhões de pessoas frequentavam escola ou creche. A taxa de escolarização entre as crianças de 0 a 3 anos foi de 30,4%, o equivalente a 3,1 milhões de estudantes. Entre as crianças de 4 e 5 anos, a taxa foi 90,2%, totalizando 4,8 milhões de estudantes. Na faixa etária de 6 a 14 anos e de 15 a 17 anos, a taxa de escolarização alcançou 99,2% e 87,2%, o que significa 26,5 milhões e 9,3 milhões de estudantes, respectivamente.

Dos jovens de 18 a 24 anos, 32,8% estavam frequentando escola, o que equivale a 7,3 milhões de estudantes. Entre as pessoas de 25 anos ou mais, a taxa de escolarização foi de 4,2%, que soma 5,5 milhões de estudantes.

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