Angola: Universal é atacada com ilegalidades, omissões e arbitrariedades
Missionários foram deportados contra a lei e desrespeitando tratados internacionais
Brasil|Do R7
Desde 2019, temos assistido a uma escalada sem fim de omissões e arbitrariedades praticadas contra a Igreja Universal do Reino de Deus de Angola, que permitiram que criminosos, com o uso da violência, invadissem templos da Universal em várias cidades do país africano.
Foi este imobilismo que também possibilitou que os mesmos bandidos fraudassem documentos públicos para tentar expulsar a Igreja do país, roubando o patrimônio construído com o suor de todos os fiéis angolanos ao longo de muitos anos.
É o mesmo desleixo que não dá andamento a dezenas de ações na Justiça, que buscam, dentro da lei, punir os responsáveis por esses absurdos.
Agora, a imprensa local noticia que dirigentes da Universal de Angola estariam sendo acusados da prática de delitos. O mais inacreditável é que, até este momento, não foi permitido o acesso aos inquéritos para saber a quais fatos se referem, ou mesmo quais seriam as suspeitas levantadas. Um dos nomes citados sequer é membro atual do corpo eclesiástico da Universal.
Para completar o circo de horrores, nesta terça-feira (11), foram deportados nove missionários brasileiros da Universal. A eles não foi dado o direito de buscar seus pertences em casa, tendo sido embarcados em um avião à força. Leia abaixo a nota publicada pela Universal de Angola, sobre mais esse abuso praticado.
Nem a Igreja, nem seus bispos e pastores praticaram crimes em Angola. Em todos os 134 países onde está presente, nos cinco continentes, a Universal respeita, com rigor, as leis e as tradições locais.
É preciso que a comunidade internacional acorde para os abusos que estão sendo cometidos em Angola, em desrespeito às leis locais e tratados que garantem a liberdade de religião e de culto, como a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos.
COMUNICADO ATUALIZADO
A IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, vem tornar a público o seguinte:
1- No dia 10 de Maio de 2021, 34 missionários, bem como as suas respectivas esposas, cidadãos de nacionalidade brasileira, foram convocados para comparecerem hoje, dia 11 de Maio, às 8h na Procuradoria Geral da Republica, no edifício Sede do Serviço de Migração e Estrangeiro a fim de serem “ouvidos”.
2- Cumprindo as instruções de uma Autoridade Pública e, acreditando que se tratava de uma diligência de inquirição, todos os cidadãos brasileiros se dirigiram, em boa-fé, conforme solicitado.
3- No momento em que chegaram ao local foram surpreendidos por um forte aparato policial, logístico e de agentes do Ministério da Saúde.
4- Ato contínuo, os missionários e esposas foram imediatamente detidos, e pressionados a realizarem testes de COVID-19, a fim de serem deportados coercivamente para o Brasil, num avião supostamente alugado pelo Estado Angolano.
5- Os agentes do Serviço de Migração e Estrangeiros foram então informados pela equipe de advogados da IURD que os acompanhavam, que haviam sido submetidos recursos hierárquicos e medidas de natureza cautelar junto do Tribunal Supremo que tinham por efeito legal a suspensão imediata da expulsão ilegal e arbitrária de missionários brasileiros.
6- Contudo, num ato que reputamos contrário a dignidade da pessoa humana, os agentes do serviço de migração e estrangeiro, após terem decidido manter detidos estes missionários e a suas esposas das 8 da manhã até às 21 horas, sem alimentação, foram irredutíveis, e segundo informações dos advogados que acompanham a operação, deportaram 9 missionários e esposas, até o momento.Os restantes detidos, foram liberados após as 22h sob custódia.
7- Importa sublinhar que não lhes foi permitido sequer ir buscarem os seus pertences pessoais em seu domícilio, missionários brasileiros casados com angolanas, foram deportados sem suas esposas, missionários brasileiros casados com esposas moçambicanas, embarcaram deixando esposa e filhos, e sem seus direitos fundamentais resguardados, estes 9 cidadãos brasileiros foram expulsos, apenas com a roupa que vestiam.
8- A Igreja Universal do Reino de Deus lamenta profundamente que agentes públicos atuem à margem de qualquer decisão judicial, num exercício de poder absoluto, em que não são assegurados os mais elementares direitos humanos contemplados em convenções internacionais ratificadas pelo Estado Angolano, bem como direitos fundamentais inscritos na Constituição da República Angolana.
9- A Igreja, e os seus representantes, informa, aos pastores, obreiros e milhares fiéis, que estará atualizando as informações e dados, conforme as forem recebendo.
10- Continuamos aguardando a apreciação das dezenas de recursos e ações judiciais impetradas junto aos tribunais angolanos que até o momento, não obtivemos respostas.
“Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa”
Mateus 24:9
Luanda 11 de Maio 2021
Igreja Universal do Reino de Deus