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Bolsonaro autoriza retorno de militares à Amazônia, diz Mourão

Nova ação de Garantia da Lei e da Ordem será focada nos 25 municípios responsáveis por 95% do desmatamento ilegal

Brasil|Do R7

GLO terá duração de dois meses, diz Mourão
GLO terá duração de dois meses, diz Mourão

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, confirmou nesta segunda-feira (21) que o presidente Jair Bolsonaro autorizou novamente o envio do Exército para conter o desmatamento ilegal na região da Amazônia.

Os militares, que deixaram a região em maio, retornarão pelo período de dois meses, conforme a proposta de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) a ser publicada, com previsão para iniciar já neste mês de junho.

Mourão afirma que o foco da operação será em 25 municípios que correspondem por, aproximadamente, 95% do desmatamento ilegal. "Essa proposta de Garantia da Lei e da Ordem é uma ação muito mais enfática em uma área menor, onde existe uma incidência maior dos ilícitos", apontou Mourão.

O vice-presidente destaca que a nova GLO é motivada pelo aumento intensivo de 64% nos alertas de desmatamento no mês de maio na Amazônia legal, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Outro ponto citado por ele é a preocupação com o aumento dos crimes e das queimadas no período da seca. “A estiagem favorece a prática de crimes”, avalia Mourão.


Segundo o vice-presidente, a ação será focada nas terras da União localizadas na região do Arco da Humanização. Ele explica que a área abrange Rondônia, o sul do Amazonas, o norte do Mato-Grosso e o sul, sudeste e leste do Pará.

A ação contará com a cooperação com as equipes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Funai (Fundação Nacional do Índio) e da PF (Polícia Federal) e PRF (Polícia Rodoviária Federal).

O vice-presidente garantiu ainda que o governo "não está de braços cruzados assistindo o crime ambiental avançar na Amazônia". "Estamos o tempo todo buscando apoio da iniciativa privada e dos governos estaduais que proporcionem melhores condições de vida para quem vive na Amazônia gerando emprego e renda. Nosso país tem que mostrar ao mundo que sabe cuidar da Amazônia, das suas florestas, das suas riquezas e do nosso povo", reforçou.

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