Bolsonaro cobra transparência em atos passados de bancos públicos
Presidente discursou durante posse de novos chefes do BB, Caixa e BNDES e voltou a falar que 'caixa-preta' das instituições será aberta
Brasil|Fernando Mellis, do R7
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (7) que os atos do passado envolvendo os bancos públicos terão que "ser abertos ao público". A declaração ocorreu durante a posse dos novos presidentes do Banco do Brasil (Rubem Novaes), Caixa Econômica Federal (Pedro Guimarães) e do BNDES (Joaquim Levy).
"Transparência acima de tudo. Todos os nossos atos terão que ser abertos ao público, o que ocorreu no passado também", disse.
Bolsonaro acrescentou que "não podemos admitir em qualquer uma dessas instituições qualquer cláusula de confidencialidade pretérita".
"Aqueles que foram a essas instituições, por serem amigos do rei, buscar privilégios... ninguém vai persegui-los, mas esses atos, ações e contratos tornar-se-ão públicos."
Durante a campanha, Bolsonaro já havia defendido abrir a 'caixa-preta', principalmente, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), responsável por financiar algumas obras de construtoras brasileiras em países como Cuba e Venezuela.
Também presente na cerimônia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que "perderam-se os bancos públicos" no passado.
"A máquina de crédito do Estado sofreu desvirtuamento. Perderam-se os bancos públicos, através de associações perversas entre piratas privados, burocratas corruptos e algumas criaturas do pântano político. Isso não é o que queremos para o país", declarou.
Verbas publicitárias
Os três bancos são grandes anunciantes da mídia brasileira e o presidente aproveitou a ocasião para dizer que "essas verbas publicitárias não serão mais privilegiadas".
"Vamos democratizar as verbas publicitárias. Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos naquilo que nós, de maneira bastante racional, viremos gastar com a nossa imprensa."
Ele deixou claro que quer uma imprensa forte e isenta, mas criticou o que chamou de veículos "ainda parciais".