Bolsonaro comemora menos multa no campo e quer que índio produza
Presidente afirmou em abertura de feira agropecuária que governo prefere aconselhar e fazer observações em vez de penalizar
Brasil|Do R7
O presidente Jair Bolsonaro, ao lado da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fez virtualmente na manhã deste sábado (1º) a abertura da Feira Expozebu, em Uberaba (MG).
Bolsonaro voltou a elogiar o "homem do campo", que "jamais parou" durante toda a pandemia do novo coronavírus. Ele disse também que esse público tem motivos para comemorar a atuação do governo federal, com a redução de multas, menos invasões às terras e a extensão do porte de arma a toda a propriedade.
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"Os senhores tiveram uma participação do Ibama e ICMBio sem agressões. A quantidade de multas caiu bastante porque preferimos entrar num lado primeiro do aconselhamento, das observações e, em último caso, a questão das multagens", afirmou. "Diminuiu (as penalizações) no campo e trouxe mais paz e tranquilidade para o produtor rural", concluiu.
O presidente afirmou que desde que tomou posse o país deixou de lado as bandeiras vermelhas e passou a adotar as cores do Brasil. "Nós preservamos o direito à`propriedade privada, que é tudo para nós", comentou, acrescentando que com a redução de verbas públicas a ONGs (Organizações Não Governamentais), o MST (Movimento Sem Terra) praticamente deixou de atuar.
Segundo ele, em Rondônia há um problema maior no momento, motivo de preocupação do governo, a LCP (Liga dos Camponeses Pobres), que estaria aterrorizando produtores locais.
Bolsonaro também afirmou que os indígenas deixaram de ser um problema aos agricultores e pecuaristas. "Os senhores no nosso governo passaram por momentos de tranquilidade, com poucas ações negativas dos nossos irmãos índios, que eram levados por maus brasileros a cometer esse tipo de infração."
"Hoje em dia já vemos cada vez mais os índios participando do progresso do país. Temos que driblar entraves burocráticos e alterar a legislação para que nossos irmãos índios estejam ombreados conosco na produção", defendeu.
Outra das benesses ao campo, na visão do presidente, foi a extensão do porte de armas a toda a propriedade, não só à residência do fazendeiro, como era antes.
Bolsonaro afirmou que nas próximas semanas o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), colocará em pauta o projeto de regularização fundiária.
O presidente prometeu rever a emenda constitucional nº 81 que, segundo ele, colocaria em risco a propriedade privada. A emenda, aprovada em 2014, possibilita a expropriação de terras onde for encontrado trabalho escravo ou a plantação de drogas.
"Devemos, sim, rever a emenda à Constituição 81, de 2014, que tornou vulnerável a questão da propriedade privada.. Ela ainda não foi regulamentada e com certeza não será no nosso governo", completou.