Bolsonaro defendeu aposentadoria aos 65 para homens
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO - 4.12.2018O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira (5) que a prioridade do governo será aprovar a idade mínima para a aposentadoria, com a possibilidade de aproveitar a atual proposta que já tramita no Congresso nesse sentido, e acrescentou que pretende que o restante da reforma da Previdência comece a ser votado em até seis meses.
"Não adianta apresentar uma boa proposta e ela acabar ficando na Câmara o no Senado, é o pior dos quadros possíveis. O grande problema nosso, o que mais interessa no primeiro momento, é idade mínima, então vamos começar com essa, depois apresentar outras propostas", afirmou. "A proposta que está aí ela está andando, se pode mover apenas a idade mínima."
Bolsonaro disse que conversou com a equipe econômica sobre a tramitação da reforma previdenciária.
Segundo o presidente eleito, usar a proposta atual economizaria tempo porque não seria necessário passar por todo o tempo de tramitação da matéria no Congresso. O projeto atual fala em 65 anos de idade mínima para aposentadoria de homens e 62 para mulheres.
Bolsonaro disse ainda que pretende fazer novas mudanças na reforma trabalhista porque "existem direitos demais", mas não deu detalhes do que mais pretende mudar.
Questionado ainda sobre reforma tributária, afirmou que essa era uma pergunta que devia ser feita ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse não importar se a prioridade seria privatizações ou reformas.
"A ordem dos fatores não altera o produto. O que falei com equipe econômica o que queremos é um juro mais baixo uma inflação dentro dos limites, queremos aquilo que pode fazer a nossa economia andar, desburocratizar. Dei carta branca ao senhor Paulo Guedes para perseguir esse objetivo", afirmou.
O capitão da reserva recebeu nesta quarta-feira a Medalha do Pacificador com Palma do Exército. A honraria é concedida a militares que, em tempos de paz, tenham colocado a própria vida em risco por um ato de bravura. Bolsonaro impediu em 1978 que um soldado se afogasse.
A cerimônia ocorreu no Quartel Geral do Exército em Brasília e contou com a presença do comandante geral do Exército, o general Eduardo Villas Bôas.
Copyright © Thomson Reuters.