Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Bolsonaro: 'Não é mais barato investir na cura do que na vacina?'

Presidente disse a apoiadores que não se pode esquecer do investimento na cura da doença, mesmo que processo ocorra em paralelo à vacina

Brasil|Do R7

Bolsonaro conversou com apoiadores em Brasília
Bolsonaro conversou com apoiadores em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (26) no Palácio da Alvorada que, talvez, seja mais interessante investir na cura da covid-19 e não na vacina contra a doença. 

Segundo o presidente, a produção de uma vacina poderia levar pelo menos 4 anos, com base em produções anteriores.

"Agora, pelo que tudo indica, né, todo mundo diz que a vacina que menos demorou foram quatro anos. Eu não sei porque correr em cima dessa. Eu dou minha opinião pessoal. Não é mais barato ou mais fácil investir na cura do que até na vacina? Ou jogar nas duas, mas também não esquecer da cura", afirmou a apoiadores em Brasília. 

Mais uma vez, o presidente voltou a falar sobre a hidroxicloroquina utilizada no tratamento contra a doença. Apesar de ainda não ter comprovação científica sobre sua eficácia, Bolsonaro disse que é testemunha de que o remédio é eficaz. 


"A cura, eu, por exemplo, sou testemunha. Eu tomei a hidroxicloroquina, outros tomaram ivermectina, outros tomaram Annita e deu certo. Pelo que tudo indica, todo mundo que tratou precocemente com uma dessas três opções foi curado", disse a apoiadores. 

Produção da vacina


Bolsonaro também disse que a vacina de Oxford está apresentando resultados promissores e que diversas empresas e universidades estão empenhadas em encontrar uma vacina contra a covid. "O que a gente tem que fazer é não querer correr, não querer atropelar", afirmou o presidente. 

Para ele, não é possível comprar uma vacina sem nenhuma comprovação. O presidente disse ainda que vai conversar, nesta segunda, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre o assunto. 


Na semana passada, Bolsonaro cancelou a compra da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. O presidente disse, na ocasião, que “qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa” e complementou que "o povo brasileiro não será cobaia de ninguém”.

Bolsonaro, que já se mostrou contrário a vacinação obrigatória contra o novo coronavírus, disse que a decisão sobre a vacina não deveria ser judicializada.

"Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina. Isso não existe. Nós queremos é buscar solução para o caso", disse.

Na sexta-feira (23), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, disse que a judicialização sobre o tema da vacinação "será importante". Partidos como PCdoB, PSOL, PT, PSB e Cidadania entraram com pedido na Corte para tentar obrigar o governo a colaborar com o desenvolvimento de toda e qualquer vacina contra a covid-19 em pesquisa no país.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.