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Bolsonaro: reforma administrativa vai contemplar 'números e pessoas'

Reunião de ministros deve acontecer no dia 19 para avançar na proposta que deverá ser umas das principais apostas do governo no ano

Brasil|Da Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Sergio Moro
O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Sergio Moro

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (3) que não há prazo para o envio da reforma administrativa ao Congresso Nacional e que falta um "polimento" final à proposta. A expectativa é que o texto avance em uma nova reunião com sua equipe de governo nos próximos dias. 

“Vamos discutir o assunto novamente, para dar polimento nela, em uma reunião de ministros, acho que dia 19 agora. Queremos uma reforma administrativa que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para a gente consertar calça velha com remendo de aço. Alguma coisa será remendo, outra será reforma”, disse o presidente nesta manhã.

Segundo Bolsonaro, os ajustes finais vão unificar o que pretende a equipe econômica e o que ele quer, enquanto governante. “Acho que já amadureceu o que a equipe econômica quer. Às vezes a equipe econômica tem algum problema de entendimento conosco porque eles veem números e a gente vê números e pessoas”, disse o presidente.

Leia mais: Em 2020, reformas administrativa e tributária serão apostas do governo


“A reforma administrativa tem que ser dessa maneira. Não vai atingir 12 milhões de servidores. A reforma é daqui para a frente. Mas como essa mensagem vai chegar junto aos servidores? Temos de trabalhar primeiro a informação para depois nós chegarmos a uma decisão”, acrescentou. Bolsonaro reiterou que não há prazo para encaminhar a proposta para o Congresso.

Fundo Eleitoral


Perguntado sobre o Fundo Eleitoral, Bolsonaro ressaltou que trata-se de uma decisão de 2017, prevista em lei. Ele afirmou ser "escravo da Constituição" e disse que, como presidente, tem que executar as leis e buscar hamonia entre os Poderes. “O valor [do Fundo Eleitoral] tem de estar de acordo com a legislação, e assim o fez o TSE. Não vi ninguém ser contra o Fundão em 2017. A imprensa inclusive apoiou dizendo que ia acabar com a interferência da iniciativa privada [nas eleições]”, disse.

Na quinta (2), ele já havia se comprometido a cumprir o previsto na Constituição, em especial no artigo 85, que enumera quais atos do presidente podem ser classificados como crimes de responsabilidade, ao atentar contra a Constituição. Entre eles estão os atos contra a Lei Orçamentária e contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação.

Bolsonaro disse que, enquanto presidente, tem poder limitado e não pode fazer o que bem entender. “Tenho balizas. Fiz juramento de respeitar a Constituição. Sou apenas executor da Constituição e das leis”, concluiu.

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