Braga Netto diz que suposta ameaça a Lira 'é mentira'
O ministro da Defesa afirmou que é falsa reportagem que o acusa de ter pressionado presidente da Câmara por voto impresso
Brasil|Do R7
O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou nesta quinta-feira é que falsa a informação publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo que aponta que ele teria dito ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não haveria eleição em 2022 caso não fosse aprovado o voto impresso. Ao chegar ao evento, ele disse aos jornalistas que se tratava de uma "mentira".
"Hoje foi publicada uma reportagem na imprensa que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores a presidente de outro Poder. O ministro da Defesa não se comunica com o presdiente dos poderes por meio de interlocutores", afirmou.
"Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os Poderes da República em um momento que exige união nacional."
Na nota, lida em um evento do Ministério da Defesa nesta manhã e que foi publicada logo em seguida no site da pasta, Braga Netto ressaltou que os militares se orientam e defendem a Constituição e afirmou que a discussão sobre o voto impresso "é legítima, defendida pelo governo federal e está sendo analisada pelo Parlamento, a quem compete decidir sobre o tema".
A informação gerou reações dos deputados. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), atacou o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, nesta quinta-feira (22), após a revelação, afirmando que "numa democracia, quem decide se tem ou não eleição não são os militares e sim a Constituição, que eles juraram defender e cumprir". O vice-presidente Hamilton Mourão também disse aos jornalistas nesta manhã que a reportagem "é mentira".
O diretor de jornalismo do jornal O Estado de S.Paulo, João Caminoto, publicou em seu Twitter que reafirma "na íntegra o teor da reportagem publicada hoje no Estadão sobre os diálogos do ministro da Defesa".