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Cabral recebeu ao menos R$ 16,4 milhões de fraudes na saúde do RJ, diz MPF

Ex-governador teria cobrado 5% de propina em contratos apurados na Fratura Exposta

Brasil|Do R7

Operação Fratura Exposta prendeu ex-secretário de saúde do Rio de Janeiro e empresários ligados a corrupção na gestão Cabral
Operação Fratura Exposta prendeu ex-secretário de saúde do Rio de Janeiro e empresários ligados a corrupção na gestão Cabral

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, recebeu pelo menos R$ 16,4 milhões de propina no esquema de fraudes em licitações da SES (Secretaria Estadual de Saúde) do Rio de Janeiro. O cálculo foi apresentado pelos procuradores do MPF (Ministério Público Federal) nesta terça-feira (11).

Hoje, a PF (Polícia Federal) cumpre mandados de prisão na Fratura Exposta — um desdobramento das operações Eficiência e Calicute, etapas da Lava Jato. O ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes, que exerceu a função entre 2007 e 2013, portanto, durante a gestão Cabral, foi preso mais cedo.

O procurador do MPF no Rio de Janeiro Eduardo El Hage afirmou que a corrupção no Estado "não é algo setorizado, [uma vez que] o governo Cabral roubou dos cofres públicos em todas as áreas, e essa é mais uma perna do esquema criminoso que subjulgou as forças judiciais do Rio de Janeiro.

El Hage explicou que, no caso da corrupção apurada na Operação Fratura Exposta, a divisão era de 5% para o governador Cabral, praticamente uma regra de mercado".


— A gente identificou nos bilhetes que R$ 16,4 milhões foram pagos a Sérgio Cabral, identificados em anotações do operador financeiro Carlos Bezerra. [...] Apesar da sofisticação do esquema criminoso, pelo menos ele fazia anotações. [...] O valor de R$ 16,4 milhões pode ser muito maior porque muitas anotações podem ter sido destruídas. Esse valor foi encontrado nos bilhetes e e-mails do Bezerra, que era operador financeiro do Sèrgio Cabral.

A propina era de 10% dos contratos, segundo a investigação, assim didivida: 1% para o colaborador, o ex-subsecretário de saúde Cesar Romero Viana Junior; 2% para o ex-secretário Sérgio Côrte; 5% para Sérgio Cabral; 1% para o esquema criminoso em si; e 1% para algum representante do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que o colaborar não soube identificar.


Rodrigo Timóteo, também procurador do MPF, disse que a apuração aponta para "uma mensalidade de R$ 400 mil ou R$ 450 mil por mês" a Sérgio Cabral.

O auditor da Receita Federal Cléber Homem da Silva informou que os cálculos apontam para um prejuízo de cerca de R$ 300 milhões de 2007 a 2016 em função do esquema criminoso. 

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